Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 8, 19-21)
Naquele tempo: A mãe e os irmãos de Jesus foram procurá-lo, mas não podiam chegar-se a ele por causa da multidão. Foi-lhe avisado: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e desejam ver-te". Ele lhes disse: "Minha mãe e meus irmãos são estes, que ouvem a palavra de Deus e a observam".
O Evangelho que a Igreja hoje proclama e que durante séculos foi empregado nas celebrações em honra a Maria Santíssima vem recordar-nos que a verdadeira grandeza de Nossa Senhora não está tanto em ela ser mãe biológica de Jesus quanto em ser aquela humilíssima escrava que, mais do que toda criatura, "ouve a palavra de Deus e a observa". Por isso, a beleza do amor de Maria por seu Filho não decorre daquele afeto natural e, por assim dizer, "instintivo" que as mães costumam ter por suas crias, mas da caridade sobrenatural com que ela O amou e ainda ama como ao seu Deus e Senhor. É neste amor sublime da Virgem Imaculada que as mães cristãs encontram um modelo perfeitíssimo de como amar seus próprios filhos: amá-los, não já com um apego doentio e egoísta, mas confiando-os aos cuidados do Pai; amá-los, não para poupá-los de toda cruz e adversidade, mas para fortalecê-los na virtude, educar-lhes a vontade, fazê-los fortes em espírito, a fim de alcançarem um dia a eterna salvação. À semelhança pois da Virgem Santíssima, as mães cristãs devem ter consciência de que seus pequenos, mais do filhos de suas entranhas, são filhos e familiares de Deus; e é, portanto, para a glória de Deus que a formação deles deve ordenar-se. Peçamos hoje à Nossa Senhora que interceda especialmente por todas as mães católicas, para que elas, superando os afetos da natureza e amando a Cristo em seus filhos, façam-nos nascer para a vida sempiterna que há de vir.
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