Olhando para o mundo atual, repleto de manifestações de totalitarismo nas mais diversas esferas, muitas pessoas têm a ingênua ilusão de que tudo o que estamos presenciando será superado, a curto prazo, com ações pontuais: uma eleição, o combate à corrupção, a derrocada de um sistema de poder e assim por diante.
O buraco, porém, é muito mais embaixo. Desde o século XIV, a humanidade foi aderindo a certas visões de mundo que, uma após outra, serviram como verdadeiros degraus rumo a um porão escuro e fétido, no qual podemos “livremente” ser “protagonistas” de um teatro de marionetes.
Nesse reino do totalitarismo, não existe espaço para a verdade, “sujeitinha” insuportável que, por suas constantes inconveniências, foi substituída por “máquinas de falar”, as quais, de tempos em tempos, atualizam-nos sobre o que podemos ou não dizer, permitindo assim uma “convivência harmoniosa”.
Ora, para superarmos isso, não basta trocar uma marionete por outra; precisamos abandonar o porão! Mas isso só acontecerá se, primeiro, conhecermos os degraus que nos levaram até ali.
Por isso, no 21.º episódio do programa Studiositas — que será transmitido nesta terça-feira, 21 de novembro, às 21 horas —, Padre Paulo Ricardo falará sobre o caminho filosófico que nos levou ao totalitarismo atual.