Chegamos ao quarto dia da nossa novena de Pentecostes. Já vimos que o Espírito é o amor da Santíssima Trindade que, em Jesus, Deus encarnado, realizou prodígios e maravilhas. Deus usou a humanidade de Cristo para nos mostrar como nossa pobre humanidade pode participar da divindade. Nossa humanidade pode ser transformada, assim como o ferro é transformado quando em contato com o fogo. Esta é, portanto, a grande realidade que nós vemos em Nosso Senhor: Ele amou infinitamente.
Os primeiros cristãos — entre os quais São Paulo — exultavam dizendo, cheios de entusiasmo, como Ele os havia amado. Assim, quando olhamos para o grande amor de Cristo, que nos une, o que vemos é o Espírito de Deus derramado em nossos corações.
Então, nestes dias de retiro, nós precisamos nos dar conta de que Deus quer que a nossa humanidade se comporte de forma diferente. Infelizmente, às vezes, as pessoas tem uma ideia distorcida da misericórdia do Senhor: acham que, por Deus ser misericordioso, elas podem pecar tranquilamente e, depois, apenas pedir perdão. Isso é, na verdade, uma deturpação da misericórdia de Deus. Ora, a maior manifestação da sua misericórdia é fazer com que pecadores sejam verdadeiramente incendiados pelo amor divino e, assim, comportem-se como grandes santos. Eis o maravilhoso mistério de Pentecostes.
Os Apóstolos, como é narrado nas Escrituras, estavam “a portas fechadas, por medo dos judeus” (Jo 20, 19). Mas, no dia de Pentecostes, as portas foram abertas, e com parresia, isto é, com grande destemor, eles saem a falar do amor de Cristo. Assim, ao ouvir São Pedro, no dia de Pentecostes, falar sobre o amor de Deus, as pessoas que ouvem aquela Boa Nova procuram saber o que devem fazer para participar desse amor. Então, Pedro prega sobre o Batismo e o arrependimento dos pecados, mostrando como se inicia a transformação divina em nossos corações.
Ora, para muitas pessoas, a grande graça alcançada em Pentecostes será a libertação dos pecados arraigados. Pois só um grande amor pode arrancar uma raiz incrustada no fundo do coração. São muitos aqueles que vêm ao confessionário trazendo os mesmos pecados graves de sempre. Esses defeitos tremendos só podem ser destruídos por meio de um grande amor. Aliás, podem ser falhas que tenham feito a pessoa pensar em desistir, porque já as confessou, mas mesmo assim continua caindo. A pessoa pode achar que já não tem mais jeito para isso. Mas é justamente por isso que devemos clamar “Vinde Espírito Santo”, para que Ele nos ensine a amar e, assim, possamos abandonar tudo que nos afasta de Deus. Para isso, basta nos abrirmos à ação dele e permitirmos que Ele destrua nossas misérias — pois o amor não pode ser um desrespeito à nossa liberdade.
Portanto, a primeira obra do Espírito é mover a sua vontade livre, porque, se Ele quer, ninguém conseguirá se opor. O Espírito de Deus quer nos livrar do pecado, mas não num sentido moralista. É claro que temos de lutar contra o pecado, mas a realidade aqui é mais sutil. Estamos falando de um grande amor, que nos leva a abrir mão de todo o resto. No dia de Pentecostes, aquelas pessoas em Jerusalém, ao ouvir a pregação de São Pedro, quiseram saber o que deveriam fazer: arrepender-se dos pecados para receber o Espírito no Batismo. Que este Pentecostes seja verdadeiramente o fim de uma história de pecado e o formidável início de uma longa história de amor.
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Vinde, Espírito santo! 🕊️🙏🏻🔥
Amém!
Vinde Espírito Santo!!
Como já comentei antes, existem muitos Católicos que pecam>confessam. Pecam>confessam. Pecam>confessam. Pecam>confessam. etc. etc. etc.
Sim. Estamos nesse mundo para amar, honrar e amar nosso Deus.
Vinde Espírito Santo!
Uma maravilha, é a oportunidade de nos livrar-nos dos pecados e vivermos um grande amor com Deus!