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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 8, 1-3)

Naquele tempo, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele;  e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.

Celebramos hoje, com grande alegria, a Memória dos mártires coreanos, André Kim Taegon e seus companheiros, entre os quais havia bispos, padres e vários leigos, de todas as idades.

Os santos que comemoramos hoje são somente uma pequena amostra dos milhares de fiéis católicos que foram martirizados na Coreia e derramaram o seu sangue por crerem verdadeiramente em Jesus Cristo, como o Padre André Kim Taegon, que, no mesmo ano da aparição de La Sallete, 1846, derramou o seu sangue por amor a Deus, com 25 anos de idade. 

É interessante olharmos a vida deste santo e percebermos como esse sacerdote realmente tinha uma alma e um ardor apostólico. Kim Tae Gon foi convertido na Coreia em uma época que o apostolado era basicamente feito por leigos de forma clandestina, e depois foi a vários países para se formar sacerdote. Inclusive, estudou em Macau, uma colônia portuguesa, e certamente teve contato com a nossa língua. Depois, ordenado sacerdote, voltou para a Coreia a fim de evangelizar, mas, com as conversões que realizou, foi descoberto e, então, torturado e executado. 

Hoje, vivemos em um certo relativismo religioso, onde as pessoas dizem que o importante é crer em alguma coisa, não importando se são católicas ou não, pois cada um tem a sua religião. Ora, o povo da Coreia também tinha a sua religião na época de Santo André Kim Tae Gon, mas, mesmo assim, esse santo não parou de pregar o Evangelho e morreu dizendo que foi perseguido por servir ao seu Deus, o qual lhe prometia o Reino dos Céus e tinha castigos reservados para aqueles que não se convertessem. Essa é a fé católica de dois mil anos!

Nós cremos que é necessário evangelizar e que os nossos missionários verdadeiramente devem mudar as pessoas, a fim de que elas saiam da ignorância das religiões pagãs para perceberem a Verdade e a luz da Palavra de Deus, encontrada apenas na verdadeira Igreja de Jesus: a santa Igreja Católica. Reagir com indiferentismo religioso e dizer que o “importante é crer em alguma coisa”, é como rir do sangue dos mártires.

Por que Santo André não ficou comodamente em casa, mas partiu, formou-se como sacerdote e voltou para evangelizar o seu povo? Porque ele sabia que a Palavra de Deus é luz e acreditava que, tendo fé em Jesus Cristo e recebendo os sacramentos, estaria fazendo um ato de suprema caridade para com as pessoas. 

Por isso, comecemos a nos comportar como pessoas que têm consciência de que milhares de almas podem se perder no Inferno se nós não lhes levarmos a luz da Verdade. É necessário fazermos um apostolado e, mesmo não sabendo pregar, podemos compartilhar vídeos de palestras, ensinar a doutrina, dar uma Terço de presente, convidar a pessoa a ir na Igreja, fazer momentos de adoração eucarística, e, sobretudo, rezar muito e oferecer sacrifícios pela nossa conversão e a dos pobres pecadores.

Que Santo André e seus companheiros intercedam por nós a Deus e nos ajudem a sair do nosso comodismo, para estarmos prontos a nos entregar e a derramar nosso sangue pela verdadeira fé.

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