Nesta aula, refletiremos sobre as sete palavras de Cristo na Cruz. Domingo passado foi o 5.º da Quaresma, e a Liturgia volta-se agora para os momentos culminantes da vida de Nosso Senhor. Cobertas as imagens dos santos e o crucifixo, já não se lê na Missa o Prefácio da Quaresma, mas o da Paixão — sinal do início de um novo tempo, em cujo horizonte se ergue a Cruz redentora.
As sete palavras de Nosso Senhor dão o significado do que aconteceu naquele momento. Se, durante a Última Ceia, Jesus falara longamente da Paixão, na Cruz Ele se cala, silêncio que pode ser explicado, em parte, pelo fato de os crucificados terem dificuldade para respirar graças à posição no madeiro (alguns, a propósito, sugerem que Jesus teria morrido por sufocamento).
Método de tortura inventado pelos persas e aperfeiçoado pelos romanos, a crucificação proporciona uma morte lenta e dolorosa, por isso é considerada uns dos instrumentos de excução mais cruéis de todos os tempos. Segundo alguns relatos, os romanos teriam aplicado esse método com tanta frequência que, na época de Cristo, a Galiléia estaria praticamente desmatada.
Na Cruz, Jesus não falou à toa. Tudo o que Ele disse...