É com alegria que prosseguiremos com as explanações do nosso curso sobre os relatos da Paixão de Nosso Senhor, explorando diferentes perspectivas, como a teológica e a linguística. Após analisarmos a oração de Jesus no Getsêmani, agora vamos observar a estrutura dos Evangelhos, tomando São Mateus como exemplo. Seu objetivo é nos fazer perceber que Jesus é verdadeiramente “O Filho”.
Como destacou o então Cardeal Ratzinger, até os exegetas mais céticos reconhecem a autenticidade das palavras de Jesus ao chamar Deus de “Abba, Pai”, algo que não poderia ter sido simplesmente inventado. A grandeza e a profundidade do cristianismo não surgiram do nada; elas confirmam a existência real de Jesus e sua identidade divina. Isso porque a causa tem de ser proporcionada ao efeito: por exemplo, os céticos que duvidam da existência factual de Cristo atribuem a São Paulo a invenção dos registros da vida de Nosso Senhor; mas o próprio Apóstolo afirma que Jesus é o único digno de adoração. Ou seja, Paulo jamais quis atrair atenção para si. Portanto, diante do efeito, que foi a mudança de vida por meio do Evangelho, é mais sensato admitir a causa, Jesus Cristo.
São...














