Seguimos com o nosso curso sobre os relatos da Paixão segundo os Evangelhos. E nesta aula, finalmente, chegamos à Última Ceia. Havíamos falado sobre a Paixão de Nosso Senhor e sobre as últimas palavras de Cristo; no entanto, a perfeita chave interpretativa de todo esse panorama de acontecimentos da Paixão é a Última Ceia. Isso porque é ali, na instituição da Eucaristia e do autêntico sacerdócio católico, que Nosso Senhor manifestou o que, de fato, Ele iria fazer.
Durante a Paixão, se apenas observássemos Jesus, veríamos um homem amarrado, sem sinais aparentes de um ato de amor, pois o amor é livre. Desde o Horto das Oliveiras, Ele foi conduzido sem escolha, como quando entrou no palácio de Caifás, puxado como um animal, cena que reflete nossa própria experiência de ser levados a fazer o que não desejamos. Contudo, na Última Ceia, Jesus demonstra plena liberdade ao revelar seu coração aos discípulos, seus amigos.
No capítulo 15 de São João, Jesus usa a imagem da videira e dos ramos e declara: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Ele explica essa união falando da amizade: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15,...














