Estamos na reta final do nosso curso sobre os relatos da Paixão de Cristo. Nesta aula, vamos finalmente abordar a realidade da sua morte. Cada evangelista tem uma forma própria de relatar a história, e as sete últimas palavras de Jesus na Cruz são especialmente significativas. Elas não são palavras vazias, mas têm um grande significado, considerando o sofrimento de Cristo. Muitos livros e sermões tratam dessas palavras, como o famoso “Sermão das Sete Palavras”, pregado pelo Venerável Fulton Sheen, em Nova York — todos os anos, durante 40 anos —, sempre trazendo uma nova perspectiva. Isso mostra a profundidade e riqueza dessas palavras, que podemos explorar por muito tempo sem jamais esgotá-las.
Os Evangelhos, como nos ensina a “Dei Verbum”, são verdadeiros em sua historicidade — ou como diz Joseph Ratzinger, têm “Fakticität”, “facticidade”. Ou seja, por trás dos relatos da Paixão, há uma base histórica. Todavia, isso não significa que todas as palavras registradas sejam necessariamente históricas. No Céu, vamos descobrir o que Jesus realmente disse na Cruz. O fato é que os Evangelhos foram escritos com liberdade redacional, de forma que suas palavras refletem o...