Continuamos nossa série de aulas sobre a Sagrada Escritura; na última aula, falávamos sobre o Cânon do Antigo Testamento. Ainda não entramos diretamente no tema, pois estávamos falando do judaísmo na época de Jesus. Havia dois grupos principais: os saduceus, com um cânon reduzido — apenas a Torá —; e os fariseus, com um cânon mais amplo. Os fariseus, após o exílio na Babilônia, instituíram o culto sinagogal, ou seja, reuniões para a leitura das Escrituras. Eles tinham uma visão mais mística do judaísmo, pois acreditavam que Deus continuava inspirando o seu povo, enquanto os saduceus viam a inspiração divina como algo restrito ao passado.
Com efeito, Nosso Senhor adotou uma postura mais próxima dos fariseus, pois as Sagradas Escrituras ainda não estavam concluídas. Ele é a Revelação de Deus e veio trazer sua plenitude. Assim, da perspectiva cristã, seria impossível que a Revelação já estivesse finalizada. Como diz a Carta aos Hebreus: “Outrora, Deus, de várias maneiras, falou aos nossos pais através dos profetas. Nestes tempos, que são os últimos, falou-nos através do Filho” (Hb 1, 1). A Revelação cristã alcançou sua plenitude em Jesus. Desse modo, entre os dois grupos...











