Estamos no coração do nosso curso. Há dois mil anos, a Igreja Católica lê a Bíblia sob dois sentidos: o literal e o espiritual, herança dos judeus, que já a interpretavam dessa forma. Diferente dos protestantes, os judeus não leem as Escrituras de forma literal, isso porque eles se baseiam em tradições orais e no Talmud para interpretá-las. Da mesma forma, os muçulmanos originalmente não liam o Corão literalmente; mas, a partir de um movimento teológico iniciado no Egito, passaram a fazê-lo politicamente, o que gerou tensões. Os judeus, ao lerem passagens do Antigo Testamento sobre guerras e vinganças, veem nelas um sentido mais profundo. Entretanto, ao rejeitarem Jesus, perderam a verdadeira chave interpretativa das Escrituras. Cristo é a chave que revela plenamente o sentido do Antigo Testamento.
Lemos a Bíblia, primeiramente, no sentido literal e, depois, buscamos Cristo nas Escrituras. O Catecismo, no número 115, ensina que as Escrituras possuem dois sentidos: o literal e o espiritual. E este último divide-se em três: o alegórico, o moral e o anagógico. Com efeito, nesta aula, vamos nos concentrar no sentido literal. Na aula passada, apresentamos um exemplo...











