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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Texto do episódio
947

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 12, 14-21)

Naquele tempo, os fariseus saíram e tomaram a decisão de matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. Advertiu-os, no entanto, que não dissessem quem ele era. Assim se cumpriu o que foi dito pelo profeta Isaías: “Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual está meu agrado; farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. Em seu nome as nações depositarão sua esperança”.

No Evangelho de hoje, vemos uma citação do Profeta Isaías aplicada a Jesus. É interessante notarmos que o Evangelho de São Mateus, segundo a tradição, foi escrito para os cristãos que tiveram uma cultura e uma vida espiritual de preparação por meio do judaísmo. 

Durante todo o Antigo Testamento, Deus preparou a vinda do seu Filho, e a respeito de Cristo é que falaram a Lei e os Profetas. Por isso São Mateus, desde o início do seu Evangelho, faz inúmeras citações do Antigo Testamento para mostrar que Jesus é verdadeiramente o Messias esperado. 

Entretanto, a citação do Antigo Testamento presente no Evangelho de hoje não é sobre o Messias, mas sobre uma figura misteriosa que está presente no Livro do Profeta Isaías: o Servo sofredor. Isaías diz: “Eis o meu servo que escolhi; o meu amado, no qual está meu agrado” (Is 42, 1). Essa fala faz ecoar em nossos ouvidos as palavras de Deus Pai no Batismo de Jesus: “Eis o Meu Filho muito amado, no qual coloquei toda a minha afeição” (Mt 3, 17). Também o Espírito Santo, que desceu sobre Jesus em forma de pomba, é mencionado nessa citação de Isaías: “Farei repousar sobre ele o meu espírito, e ele anunciará às nações o direito” (Is 42, 1).  

Jesus, no início do Evangelho de São Mateus, diz para seus Apóstolos: “Não ireis aos pagãos; ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 10, 5-6). Já no Evangelho de hoje, São Mateus está explicando que já era previsto que essa pregação inicial, feita aos judeus, iria transbordar para os povos pagãos. Ora, para nós, isso é uma grande consolação, porque não somos de origem judaica e, portanto, somos essas nações gentias.

Desde o Antigo Testamento, a nossa conversão foi pensada por Nosso Senhor, que enviou o seu Filho para nós. Este, contudo, não veio para acabar conosco ou nos castigar. “Ele não discutirá, nem gritará e ninguém ouvirá sua voz nas praças” (Is 42, 2). Isso quer dizer que, primeiro, Cristo nos convencerá falando em nossos corações. 

“Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o pavio que ainda fumega” (Is 42, 3). Ou seja, Cristo usará o pouco de bem que ainda resta dentro de nós, aproveitando-o para fazer maravilhas e nos levar à perfeição. Por isso, não desanimemos. Nosso Senhor não quer apagar o pequeno pavio ou quebrar o caniço rachado; mas quer nos restaurar e resgatar.

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RC
Robson Cola
21 Jul 2024

Vejam a grande quantidade de pessoas que praticaram pecados sangrentos, assassinatos, e que se converteram ao cristianismo no final de suas vida!

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VS
Valdonio Sales
20 Jul 2024

Cristo usará o pouco de bem que ainda resta dentro de nós, aproveitando-o para fazer maravilhas e nos levar à perfeição. Por isso, não desanimemos.

Responder
VS
Valdonio Sales
20 Jul 2024

“Eis o Meu Filho muito amado, no qual coloquei toda a minha afeição” (Mt 3, 17).

Responder
FD
Felipe Daltro
20 Jul 2024

54

20 de Julho 

Sábado - 15ª Semana do Tempo Comum

E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, para se cumprir o que foi dito.

Evangelho: Mt 12,14-21

Naquele tempo, os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso, Jesus

retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. E ordenou-lhes que não

dissessem quem ele era, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: "Eis o meu servo,

que escolhi; o meu amado, no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e

ele anunciará às nações o direito. Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz

nas praças. Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o pavio que ainda fumega, até que

faça triunfar o direito. Em seu nome as nações depositarão a sua esperança".

- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.

Para meditar:

Os fariseus decidiram e fizeram um plano para matar Jesus. Mas o que Jesus fez para levar os

fariseus a tomarem essa decisão? Eles saíram da sinagoga em um sábado, porque Jesus havia

curado um homem com a mão seca nesse dia.

Veja que coisa absurda! Por isso eles decidiram que Jesus precisava morrer. Meus

irmãos, isso é um mistério da vida. A capacidade que o ser humano tem de odiar o bem, de não

compreender a graça, de não se dobrar à verdade e de ser mal, de não se entregar a Deus e ser

cruel com o próximo.

Jesus quebrava alguns protocolos, o que causava ira e ódio em pessoas que se

agarravam a ritos, a uma fé que não curava, não acolhia, não libertava ninguém.

Quando Jesus chegou, isso provocou tanta inveja e ciúme, mas principalmente porque

eles tinham preconceitos sobre quem seria o Cristo, o Messias. Era uma visão deturpada de um

Cristo que seria um homem bom, moralmente correto, que imporia poder, vingança,

reestabeleceria um reinado e imporia a religião e o farisaísmo a todos. Mas era algo sem vida,

sem amor, sem unção, e Jesus provocou tanto ódio que fizeram um plano para matá-lo.

Jesus não tinha uma arma, não tinha poder financeiro, não tinha amigos poderosos. Ele

tinha apenas a convicção de sua missão. E o que ele anunciava era profundamente libertador.

Nas mentes e corações, Jesus mudava as pessoas, e essa corrente do bem parecia

assustadora para aqueles apegados ao status, poder, dinheiro e ignorância.A verdade é como a

luz que se acende; para quem está nas trevas, machuca. Então, ficou decidido que Jesus tinha

que morrer.

Ao saber disso, Jesus não corre para a morte; ele se retira dali. Ele fez de sua vida um

dom, mas não morreu antes da hora. Jesus estava nas mãos de Deus.55

A cruz chegou para Cristo e não teve mais como fugir. Mas Jesus não caía na estupidez

de pequenas revanches. Ele continuava em frente, indo para outros lugares fazer o mesmo. Ele

continuou firme no projeto que o Pai tinha para ele.

São Mateus faz uma leitura bonita de um versículo do profeta Isaías, dizendo "Eis o

meu servo que escolhi, o meu amado no qual coloco a minha feição." Como no dia do batismo,

agora no dia em que Jesus é sentenciado à morte, a mesma palavra e interpretação. Esse Jesus,

profundamente amado pelo Pai, lá no dia do batismo de João Batista, onde o Espírito Santo

desceu, e uma voz disse: "Eis o meu servo, o meu filho amado, no qual coloco a minha feição."

Agora, essa identidade de Jesus é reafirmada no momento da rejeição.

Diante de uma rejeição, decepção ou trauma, podemos ouvir dentro de nós: "Eis o meu

servo, o meu amado," porque é isso que somos aos olhos de Deus. Daqui vinha toda a força de

Jesus. Mesmo no dia em que ele foi mais rejeitado, ele não duvidou de quem Ele era. E quando

precisou sair de onde estava, sabendo que o ódio sobre Ele era tanto que queriam matá-lo, não

duvidou daquilo que ouviu no batismo.

Precisamos aprender a não duvidar nas trevas e na dificuldade daquilo que ouvimos na

luz e na bonança. As verdades de Deus a nosso respeito não mudam; as promessas de Deus não

mudam e nem a fidelidade Dele. A vida muda, as circunstâncias mudam, pessoas mudam de

humor conosco, mas Deus é sempre o mesmo.

Tudo isso fala de Jesus, mas também de você e de mim. Todo batizado não é o Cristo,

mas é cristão, enxertado no Cristo. Jesus não discutirá, não gritará, sua voz não será ouvida nas

praças. "Não quebrará o caniço rachado, não apagará o paviozinho que ainda fumega". Deus

não desperdiça nada. Se hoje você está rachado, se é como um paviozinho que fumega, Deus

não vem para empurrá-lo ladeira abaixo. Ele vem para salvar o que sobrou em nós. Isso é a

misericórdia. Ele nos refaz, nos reconstrói.

Nossa esperança está no nome de Jesus, que chega até você e a mim, nos vê rachados,

como um paviozinho quase apagando e não nos desperdiça. Ele nos pega e nos refaz.

Não sei se hoje você está nas águas do batismo ou na perseguição dos fariseus, mas em

ambos os casos, somos amados de Deus.

Para refletir:

1- O que em minha vida ainda está impedindo que eu reconheça e acolha a graça e a verdade

de Deus?

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2- Como posso manter minha fé e convicção em Deus diante de rejeições, decepções e

dificuldades? Pense em momentos de rejeição ou dificuldade que você enfrenta/enfrentou e

como pode buscar força e segurança nas promessas de Deus e em sua fidelidade.

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3 - De que maneiras posso ser um instrumento da misericórdia de Deus para os outros?

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Oremos: Senhor Deus, hoje eu agradeço pela Santa Mãe Igreja que me ensina a verdadeira fé

que cura e liberta. Fortalece-me para seguir Tua vontade, mesmo diante da rejeição e

dificuldade. Ajuda-me a ser instrumento de Tua misericórdia, acolhendo e amando o meu

próximo. Que eu nunca me esqueça da Tua fidelidade e amor; e que eu permaneça sempre

firme em Tuas promessas. Amém.

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FV
Fátima Valadares
20 Jul 2024

Não desanimemos. 🙏

Responder
KF
Klebson Fonseca
20 Jul 2024

Amém. Louvado seja NS Jesus Cristo 🙏🏽

Responder
ÁL
Álerson Lima
20 Jul 2024

Amém.

Responder
LF
Luiz Ferraz
20 Jul 2024

🙏 

Responder
GF
Geraldo Filho
20 Jul 2024

Eis o Meu Servo, que resgata os corações quebrantados!

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