Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 12, 14-21)
Naquele tempo, os fariseus saíram e tomaram a decisão de matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. Advertiu-os, no entanto, que não dissessem quem ele era. Assim se cumpriu o que foi dito pelo profeta Isaías: “Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual está meu agrado; farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. Em seu nome as nações depositarão sua esperança”.
No Evangelho de hoje, vemos uma citação do Profeta Isaías aplicada a Jesus. É interessante notarmos que o Evangelho de São Mateus, segundo a tradição, foi escrito para os cristãos que tiveram uma cultura e uma vida espiritual de preparação por meio do judaísmo.
Durante todo o Antigo Testamento, Deus preparou a vinda do seu Filho, e a respeito de Cristo é que falaram a Lei e os Profetas. Por isso São Mateus, desde o início do seu Evangelho, faz inúmeras citações do Antigo Testamento para mostrar que Jesus é verdadeiramente o Messias esperado.
Entretanto, a citação do Antigo Testamento presente no Evangelho de hoje não é sobre o Messias, mas sobre uma figura misteriosa que está presente no Livro do Profeta Isaías: o Servo sofredor. Isaías diz: “Eis o meu servo que escolhi; o meu amado, no qual está meu agrado” (Is 42, 1). Essa fala faz ecoar em nossos ouvidos as palavras de Deus Pai no Batismo de Jesus: “Eis o Meu Filho muito amado, no qual coloquei toda a minha afeição” (Mt 3, 17). Também o Espírito Santo, que desceu sobre Jesus em forma de pomba, é mencionado nessa citação de Isaías: “Farei repousar sobre ele o meu espírito, e ele anunciará às nações o direito” (Is 42, 1).
Jesus, no início do Evangelho de São Mateus, diz para seus Apóstolos: “Não ireis aos pagãos; ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 10, 5-6). Já no Evangelho de hoje, São Mateus está explicando que já era previsto que essa pregação inicial, feita aos judeus, iria transbordar para os povos pagãos. Ora, para nós, isso é uma grande consolação, porque não somos de origem judaica e, portanto, somos essas nações gentias.
Desde o Antigo Testamento, a nossa conversão foi pensada por Nosso Senhor, que enviou o seu Filho para nós. Este, contudo, não veio para acabar conosco ou nos castigar. “Ele não discutirá, nem gritará e ninguém ouvirá sua voz nas praças” (Is 42, 2). Isso quer dizer que, primeiro, Cristo nos convencerá falando em nossos corações.
“Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o pavio que ainda fumega” (Is 42, 3). Ou seja, Cristo usará o pouco de bem que ainda resta dentro de nós, aproveitando-o para fazer maravilhas e nos levar à perfeição. Por isso, não desanimemos. Nosso Senhor não quer apagar o pequeno pavio ou quebrar o caniço rachado; mas quer nos restaurar e resgatar.
O que achou desse conteúdo?
Vejam a grande quantidade de pessoas que praticaram pecados sangrentos, assassinatos, e que se converteram ao cristianismo no final de suas vida!
Cristo usará o pouco de bem que ainda resta dentro de nós, aproveitando-o para fazer maravilhas e nos levar à perfeição. Por isso, não desanimemos.
“Eis o Meu Filho muito amado, no qual coloquei toda a minha afeição” (Mt 3, 17).
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20 de Julho
Sábado - 15ª Semana do Tempo Comum
E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, para se cumprir o que foi dito.
Evangelho: Mt 12,14-21
Naquele tempo, os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso, Jesus
retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. E ordenou-lhes que não
dissessem quem ele era, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: "Eis o meu servo,
que escolhi; o meu amado, no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e
ele anunciará às nações o direito. Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz
nas praças. Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o pavio que ainda fumega, até que
faça triunfar o direito. Em seu nome as nações depositarão a sua esperança".
- Palavra da Salvação, glória a vós Senhor.
Para meditar:
Os fariseus decidiram e fizeram um plano para matar Jesus. Mas o que Jesus fez para levar os
fariseus a tomarem essa decisão? Eles saíram da sinagoga em um sábado, porque Jesus havia
curado um homem com a mão seca nesse dia.
Veja que coisa absurda! Por isso eles decidiram que Jesus precisava morrer. Meus
irmãos, isso é um mistério da vida. A capacidade que o ser humano tem de odiar o bem, de não
compreender a graça, de não se dobrar à verdade e de ser mal, de não se entregar a Deus e ser
cruel com o próximo.
Jesus quebrava alguns protocolos, o que causava ira e ódio em pessoas que se
agarravam a ritos, a uma fé que não curava, não acolhia, não libertava ninguém.
Quando Jesus chegou, isso provocou tanta inveja e ciúme, mas principalmente porque
eles tinham preconceitos sobre quem seria o Cristo, o Messias. Era uma visão deturpada de um
Cristo que seria um homem bom, moralmente correto, que imporia poder, vingança,
reestabeleceria um reinado e imporia a religião e o farisaísmo a todos. Mas era algo sem vida,
sem amor, sem unção, e Jesus provocou tanto ódio que fizeram um plano para matá-lo.
Jesus não tinha uma arma, não tinha poder financeiro, não tinha amigos poderosos. Ele
tinha apenas a convicção de sua missão. E o que ele anunciava era profundamente libertador.
Nas mentes e corações, Jesus mudava as pessoas, e essa corrente do bem parecia
assustadora para aqueles apegados ao status, poder, dinheiro e ignorância.A verdade é como a
luz que se acende; para quem está nas trevas, machuca. Então, ficou decidido que Jesus tinha
que morrer.
Ao saber disso, Jesus não corre para a morte; ele se retira dali. Ele fez de sua vida um
dom, mas não morreu antes da hora. Jesus estava nas mãos de Deus.55
A cruz chegou para Cristo e não teve mais como fugir. Mas Jesus não caía na estupidez
de pequenas revanches. Ele continuava em frente, indo para outros lugares fazer o mesmo. Ele
continuou firme no projeto que o Pai tinha para ele.
São Mateus faz uma leitura bonita de um versículo do profeta Isaías, dizendo "Eis o
meu servo que escolhi, o meu amado no qual coloco a minha feição." Como no dia do batismo,
agora no dia em que Jesus é sentenciado à morte, a mesma palavra e interpretação. Esse Jesus,
profundamente amado pelo Pai, lá no dia do batismo de João Batista, onde o Espírito Santo
desceu, e uma voz disse: "Eis o meu servo, o meu filho amado, no qual coloco a minha feição."
Agora, essa identidade de Jesus é reafirmada no momento da rejeição.
Diante de uma rejeição, decepção ou trauma, podemos ouvir dentro de nós: "Eis o meu
servo, o meu amado," porque é isso que somos aos olhos de Deus. Daqui vinha toda a força de
Jesus. Mesmo no dia em que ele foi mais rejeitado, ele não duvidou de quem Ele era. E quando
precisou sair de onde estava, sabendo que o ódio sobre Ele era tanto que queriam matá-lo, não
duvidou daquilo que ouviu no batismo.
Precisamos aprender a não duvidar nas trevas e na dificuldade daquilo que ouvimos na
luz e na bonança. As verdades de Deus a nosso respeito não mudam; as promessas de Deus não
mudam e nem a fidelidade Dele. A vida muda, as circunstâncias mudam, pessoas mudam de
humor conosco, mas Deus é sempre o mesmo.
Tudo isso fala de Jesus, mas também de você e de mim. Todo batizado não é o Cristo,
mas é cristão, enxertado no Cristo. Jesus não discutirá, não gritará, sua voz não será ouvida nas
praças. "Não quebrará o caniço rachado, não apagará o paviozinho que ainda fumega". Deus
não desperdiça nada. Se hoje você está rachado, se é como um paviozinho que fumega, Deus
não vem para empurrá-lo ladeira abaixo. Ele vem para salvar o que sobrou em nós. Isso é a
misericórdia. Ele nos refaz, nos reconstrói.
Nossa esperança está no nome de Jesus, que chega até você e a mim, nos vê rachados,
como um paviozinho quase apagando e não nos desperdiça. Ele nos pega e nos refaz.
Não sei se hoje você está nas águas do batismo ou na perseguição dos fariseus, mas em
ambos os casos, somos amados de Deus.
Para refletir:
1- O que em minha vida ainda está impedindo que eu reconheça e acolha a graça e a verdade
de Deus?
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2- Como posso manter minha fé e convicção em Deus diante de rejeições, decepções e
dificuldades? Pense em momentos de rejeição ou dificuldade que você enfrenta/enfrentou e
como pode buscar força e segurança nas promessas de Deus e em sua fidelidade.
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3 - De que maneiras posso ser um instrumento da misericórdia de Deus para os outros?
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Oremos: Senhor Deus, hoje eu agradeço pela Santa Mãe Igreja que me ensina a verdadeira fé
que cura e liberta. Fortalece-me para seguir Tua vontade, mesmo diante da rejeição e
dificuldade. Ajuda-me a ser instrumento de Tua misericórdia, acolhendo e amando o meu
próximo. Que eu nunca me esqueça da Tua fidelidade e amor; e que eu permaneça sempre
firme em Tuas promessas. Amém.
Não desanimemos. 🙏
Amém. Louvado seja NS Jesus Cristo 🙏🏽
Amém.
🙏
Eis o Meu Servo, que resgata os corações quebrantados!