Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 12, 46-50)
Naquele tempo, enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Celebramos hoje, com grande alegria, a Festa de Nossa Senhora do Carmo. Nossa Senhora é conhecida como a “Flor do Carmelo”. De uma forma metafórica, poderíamos dizer que o Monte Carmelo, da terra de Jesus, é onde as pessoas se encontram com Deus. Uma longa tradição liga aquela montanha à experiência mística, à experiência da contemplação, pela qual podemos verdadeiramente nos unir a Deus. Portanto, desta bela montanha da união com Deus, a mais preciosa de todas as flores é a Virgem Maria.
Na liturgia própria da Ordem dos Carmelitas, existe uma sequência chamada “Flos Carmeli”. Dela, há algumas estrofes que nos ajudam a entender a importância de nossa devoção à Virgem Mãe de Deus, sob o título de Nossa Senhora do Carmo. É um texto de São Simão Stock, um santo a quem a Virgem apareceu, dando-lhe o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo.
Ele diz: “Armatura fortis pugnantium”, ou seja, a Virgem Maria é uma armadura forte para aqueles que lutam. Na nossa vida espiritual, embora exista a busca pela contemplação, há também a batalha diária que devemos travar, e é Maria que nos protege nesse combate. Continua o hino: “Tende praesidium scapularis”, expressando que ela nos dá segurança e proteção escapular, como uma mãe que nos cobre, com o seu manto de amor, diante dos ataques dos nossos adversários.
Nesse contexto, percebemos uma das realidades mais constantes da piedade mariana: o fato de que a Virgem Maria não é somente uma intercessora, mas também nosso auxílio na batalha desta vida. A mais antiga oração mariana, de um manuscrito do século II, diz: “Sub tuum praesidium”; ou seja, sob a proteção da Santa Mãe de Deus nós nos refugiamos.
No Antigo Testamento, no livro do Gênesis, Deus disse: “Porei inimizade entre ti e a mulher”. Essa inimizade apresenta-se claramente no capítulo 12 do Apocalipse, manifestada em uma batalha: Maria, aquela que preside as tropas de Deus, luta contra o Dragão, a antiga Serpente, com o restante dos seus filhos.
Por isso, o Escapulário e o Rosário são dois objetos que nós deveríamos trazer constantemente conosco. O primeiro é a nossa armadura; o segundo, a nossa arma. Dessa forma, estaremos prontos para a batalha espiritual, sendo liderados pela Mãe Santíssima, que nos levará até a vitória. Por isso, sempre tenhamos em nossos corações a frase: “Per incerta, prudens consilium”, a qual significa que Maria é o prudente conselho no meio das coisas incertas desta vida; “per adversa, iuge solatium, largiaris”, ou seja, que, nos momentos de adversidade, Ela é nossa consolação e vem ao nosso encontro.
O que achou desse conteúdo?
TODAS as mulheres, possuem na sua essência, o potencial do amor maternal! Portanto, nossa guardiã e protetora, tinha que ser uma mulher! Santificada com o poder de Deus! Pura lógica!
Oh Flor do Carmelo, rogai por nós.
O fato de que a Virgem Maria não é somente uma intercessora, mas também nosso auxílio na batalha desta vida.
“Armatura fortis pugnantium”, ou seja, a Virgem Maria é uma armadura forte para aqueles que lutam.
Aprofundamento Diário #40
16 de julho 2024
Primeira Leitura: Zc 2,14-17 | Salmo: Lc 1,46-47.48-49.50-51.52-53.54-55 | Evangelho: Mt 12,46-50
Reflexão de hoje
Nossa Senhora do Carmo e as promessas do escapulário
Hoje, 16 de julho, celebramos com alegria a Festa de Nossa Senhora do Carmo, uma devoção da Igreja e um título dado à Nossa Senhora, que remonta ao século XII da nossa era cristã. Na Terra Santa, especificamente no Monte Carmelo - uma montanha muito importante da Bíblia por causa do profeta Elias - cristãos começaram a peregrinar sob a inspiração do testemunho de vida de Elias, buscando viver uma vida semelhante à dele.
O profeta Elias foi um homem que Deus levantou num tempo muito difícil da vida de Israel, quando o povo, em sua grande maioria, havia sucumbido à idolatria de Baal, influenciados pelo rei Acab e pela rainha Jezabel. No alto do Monte Carmelo, Elias desafiou os quatrocentos sacerdotes de Baal, naquela famosa passagem onde cai fogo do céu, levando todo Israel a reconhecer e proclamar: "Só o Senhor é Deus."
Ali, Elias reconstrói um altar para o sacrifício e adoração ao verdadeiro Deus, pois já não havia mais um altar. Ele viveu boa parte de sua vida no Monte Carmelo. Séculos depois, muitos cristãos peregrinavam à Terra Santa e também ao Monte Carmelo, buscando inspiração no profeta Elias. Foi nesse contexto que se iniciou uma vida eremítica, de mosteiro e de monges, inspirada nele, cuja história é muito bonita.
A Sagrada Escritura relata que Elias teve uma profunda experiência de Deus em meio aos seus combates e lutas. Na gruta, após terremoto, fogo e trovão, Deus não estava em nenhuma dessas manifestações, mas sim no murmúrio de uma brisa suave, onde Elias teve uma renovada experiência de Deus. Quando Elias quis desistir de sua missão, um anjo do Senhor lhe trouxe pão e disse: "Elias, levanta-te, come desse pão, você ainda tem um longo caminho," prefigurando a Eucaristia. Ele caminhou quarenta dias com a força desse pão.
Inspirados na virtude do silêncio, da contemplação e do zelo para com as coisas de Deus, homens e mulheres se reuniram e dedicaram uma capela à Nossa Senhora no Monte Carmelo.
Nossa Senhora do Carmo não é uma aparição, como Nossa Senhora de Fátima, Lourdes ou La Salette, mas sim um título, um elogio, um adjetivo.
O Monte Carmelo é significativo na expressão "Nossa Senhora do Carmo". Carmelo significa "jardim de Deus, vinha do Senhor". No alto do Monte Carmelo, Elias viveu aquela experiência de três anos e seis meses sem chuva, e pela insistência de sua oração e intercessão, a chuva finalmente veio.
Antes da chuva, Elias vê no céu uma pequena nuvem do tamanho da mão de um homem, conforme está escrito no Livro de Reis. Elias entende e se prepara, dizendo: "Vamos
correr, porque vai chover como nunca choveu." Essa pequena nuvem representa a Virgem Maria, pois, como diz o profeta Isaías no cântico que usamos muito no Advento: "Das alturas, orvalhem os céus, e das nuvens que chova a justiça; que a terra se abra ao amor e germine o Salvador."
A imagem de Cristo, o enviado de Deus, vem como chuva, e para haver chuva, é necessário ter nuvem. A pequena nuvem é o ventre da Virgem Maria, que traz a chuva, que é Cristo, para nós.
Dessa experiência de fé no Monte Carmelo, daqueles que ali viveram e fizeram esse movimento religioso - vivendo os votos de pobreza, silêncio, obediência e castidade - enfrentam, posteriormente, um período de muita perseguição, sendo expulsos da Terra Santa e dirigindo-se à Europa, onde hoje é a Inglaterra.
Entre eles havia um homem muito piedoso e santo, São Simão Stock. Naquela época de penúria e dificuldade, ao cuidar dos irmãos, conhecidos como "os irmãos da bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo", São Simão Stock invocou muito Nossa Senhora. Diante das dúvidas e do desejo de terminar com todo o sofrimento, ele considerava que aqueles que realmente sentiam no coração o desejo de uma vida religiosa procurassem outro tipo de ordem ou congregação, dada a perseguição, os sofrimentos e as penúrias que viviam. Nossa Senhora então apareceu a ele, vestida de marrom, como os membros da ordem, e lhe deu um grande manto, que chamamos de escapulário.
O escapulário é um objeto que vai nas costas e na frente, ligado pelas escápulas dos ombros. Nossa Senhora fez uma promessa a São Simão Stock de que ela seria a mãe e protetora deles, e que as coisas iriam se encaminhar. A partir deste escapulário, que São Simão Stock recebeu, começaram a ocorrer muitos milagres, curas e libertações. As pessoas queriam tocar e possuir o manto da Virgem Maria, semelhante ao dos carmelitas.
Com o tempo, a Igreja, como mãe, facilitou o uso do escapulário de Nossa Senhora do Carmo a todos os fiéis. Considerado o manto da Virgem Maria, o escapulário é um sinal concreto de consagração a ela, nossa entrega em suas mãos, para, com a ajuda dela, conseguirmos subir o verdadeiro monte, Jesus Cristo. Hoje, todos os que desejarem podem usar um escapulário.
Por ser um sacramental tão importante e significativo, nosso primeiro escapulário precisa ser abençoado e imposto em nós por um padre; e esse primeiro escapulário deve ser de pano ou tecido.
Após receber o sacramental, entramos em comunhão e irmandade de fé com toda a ordem carmelita, tanto das freiras quanto dos frades, tornando-nos parte de uma família espiritual. Após receber o primeiro escapulário de pano, por razões práticas, se necessário, pode substituí-lo por um menor, feito em outro material, um pingente, algo assim. Se o escapulário se desgastar ou se perder, o segundo não precisa necessariamente ser abençoado, mas é recomendável que o padre o abençoe.
A bênção é destinada à pessoa que o recebe, não ao objeto em si. Receber o escapulário de Nossa Senhora do Carmo é uma disposição do coração para se vestir das virtudes da Virgem Maria e para compreender o espírito profético de Elias e dos primeiros grandes santos, além de valorizar o princípio da contemplação em nossas vidas.
De onde é que Elias tirou tanto fogo a ponto de fazer cair fogo do céu? E de onde foi que essa espiritualidade carmelita foi renovada na sua essência, sobretudo por Santa Teresa
d'Ávila, também conhecida como Santa Teresa de Jesus? Também São João da Cruz, para fazer a reforma do Carmelo no século XVI e produzir na Igreja, a partir dessa reforma, um grande lugar de santidade que é o Carmelo? Essa ordem tem o maior número de santos e beatos e o impulso e fruto desses santos veio daquilo que contemplavam.
Irmãos, somos muito "fogosos" para tudo aquilo que, e somente para o que contemplamos. Tudo aquilo que alimentamos na cabeça e no coração, seja como pensamento, beleza, coisa válida ou desejável, acende em nós um fogo. É por isso que muitas pessoas, quando o assunto é Deus, Jesus, santidade, oração, apostolado, fazer o bem, evangelizar e salvar almas não têm fogo algum. Quando muito, têm um fósforo.
Já viu fogo de fósforo? Acaba rapidamente e ainda deixa um fedorzinho. Mas quando o assunto é outra coisa, o fogo arde sem se ver, como em política, futebol, dinheiro, comprar algo, vingança, perder barriga, ganhar músculos etc. Há pessoas que têm um fogo ardente para essas coisas. Queimam, queimam, mas não consomem.
Tudo aquilo que alimentamos dentro de nós como valor e beleza é contemplação. Então, de onde é que o profeta Elias e os santos carmelitas tiraram esse fogo que incendiou a tantos? Vinha do fogo que havia dentro do coração.
Precisamos contemplar para poder amar e precisamos contemplar para ter fogo para evangelizar. Quando estamos imbuídos do valor das coisas e as enxergamos na contemplação da fé, temos um fogo que nos move.
Por que muitos católicos têm dificuldade, e você, talvez por tanto tempo, teve dificuldade com a missa dominical? Porque isso não estava bem contemplado dentro de você, não estava bem contemplado e bem enxergado por você. Se desse certo você vinha. Ou seja, não entendia o valor. No entanto, quando passamos a entender, a contemplar, acende-se um fogo.
Está frio? Põe um casaco. Está chovendo? Coloca uma toalha na cabeça. Está com dor? Toma um Dorflex. Aí as pessoas olham e falam: "- Meu Deus, que exagero." "- Não, não é exagero, é que eu tenho um fogo para isso".
Porque se contempla, se enxerga a fé. Portanto, a vida dos carmelitas, da contemplação, da oração e do sacrifício é uma espiritualidade profundamente apostólica.
O que moveu um fogo em Santa Teresa d'Ávila foram duas coisas. Num primeiro momento foi a sua própria busca por Deus, sua própria espiritualidade. Ela já era freira há muitos anos, com mais de vinte anos de carmelo. Embora não fosse pecadora, ela sentia que não estava vivendo plenamente sua vocação, então sentiu o chamado de Deus para viver de maneira mais coerente, radical e profunda, saindo daquele grande carmelo para começar o primeiro carmelo em Ávila, numa extrema pobreza, junto com mais onze irmãs.
Ao mesmo tempo que Santa Teresa estava nesse processo pessoal, que está detalhado em seu livro chamado "Livro da Vida", ela estava ciente dos acontecimentos na Igreja. Ela e São João da Cruz viveram durante a época da Reforma Protestante, que poderia também ser chamada de revolta protestante, dada a sua gravidade para a cristandade e as nações. Esse período acendeu nela um fogo. Ela enxergava a verdade e a beleza das coisas com clareza, ficando profundamente comovida ao saber que, da noite para o dia, por decretos de muitos reis e eventos históricos, países inteiros deixavam de ser católicos, sem terem missa, sem receberem os sacramentos, tornando-se calvinistas, luteranos e religiões similares. Santa
Teresa via isso além da política e sociologia, e aquilo acendeu nela um zelo pela Igreja, pelos povos e pelas almas.
Como ela mesma escreveu, "sendo eu mulher, e tão má," (veja como ela, santa, se enxergava; mas no fundo, isso significava reconhecer sua fraqueza), pensava no que poderia fazer para amenizar no coração de Jesus tão grande mal. Ela acreditava que, reunindo algumas irmãs para viver a radicalidade da vida religiosa, poderia ajudar a salvar o mundo. Rezando, sofrendo, se sacrificando e amando quem estava ao seu lado, ela gastava sua vida por Cristo.
Dentro dessa espiritualidade, que é profundamente orante e que produziu tão grandes místicos como Santa Teresa de Jesus, havia santos de uma altura espiritual e de uma comunhão com Deus que traziam o céu para a terra. Havia um profundo senso de apostolado e evangelização.
Por isso, entre os carmelitas, as mulheres, as irmãs, levam uma vida de clausura contemplativa, enquanto os homens, os frades, não. São João da Cruz e seus frades saíam para evangelizar.
Meus irmãos e minhas irmãs, tudo isso chegou até nós, através de tantos santos e santas que deram suas vidas por Cristo, amparados pelo escapulário de Nossa Senhora. Nossa Senhora é Mãe, Mestra, Intercessora e Protetora.
A Virgem Maria tem poder de proteção sobre nós. E, por óbvio, um escapulário não é uma mágica, não é um amuleto; é a expressão de uma fé. Nossa Senhora fez a São Simão Stock a promessa do primeiro sábado: aqueles que fossem devotos dela, usassem o escapulário e evidentemente buscassem ser coerentes na fé, assim que morressem, no primeiro sábado após a morte, ela buscaria no purgatório.
Então, se você foi um bom católico e usou durante a vida o escapulário, diga à sua família para oferecer uma missa por você quando morrer, porque no primeiro sábado após a morte, Nossa Senhora vai te buscar no purgatório, oferecendo a Cristo, pela nossa purgação, os méritos infinitos dela.
Hoje é dia de se consagrar à Virgem Maria e também de fazer a bênção e imposição do escapulário. Nestes ritos, e em todos os ritos da Igreja, mesmo dentro das orações, há sempre uma catequese. Nossas orações falam e nos ensinam. Este rito fala justamente sobre nos vestirmos e revestirmos das virtudes da Virgem Maria, para que possam produzir em nós esse fogo de subir o monte que é Cristo, escalar Jesus, como diz Paulo: "Irmãos, até que vocês cheguem à estatura de Cristo." Jesus é alto, Jesus é grandioso, e nós precisamos nos esticar, ficar do tamanho dEle até chegarmos à estatura do homem interior, à estatura de Cristo.
Esse fogo de amor pelas almas, por Jesus e pela igreja, aprendemos dos religiosos e dos carmelitas. Na simplicidade, na rotina da nossa vida, podemos oferecer sacrifícios. Oferecer o sacrifício de ver um copo de plástico jogado no chão que alguém deixou cair e em vez de ignorar e pensar: "- Tem quem limpe, né?", você pega esse copo e põe no lixo. E mesmo que esteja com uma dorzinha na lombar, você oferece aquele ato. Em vez de praguejar e reclamar, dizendo: "- Que povo porco, deixa o copo jogado!", você pega com amor e faz disso uma oferta, por amor a Jesus e à pessoa que limpa, que já vai precisar pegar tantos outros. Esses atos de fé e de amor na vida cotidiana podemos oferecer a Deus. Podemos oferecer a vida que temos e encontrar Cristo nas pessoas que nos vêm através da vida. É uma espiritualidade que
cura em nós a lamúria, cura nossa mania de praguejar a vida, esse senso de injustiça que temos com nossas cruzes.
Hoje, muitas pessoas vão fazer ou renovar a Consagração à Nossa Senhora através do método de São Luís Maria Grignion de Montfort, o "Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria". Esse livro nos ensina que Deus, que é graça e nos salva por pura graça, nos dá a graça de merecer algo através das nossas boas obras.
Devemos oferecer nossos méritos a Deus, pois Ele, além de ser misericordioso e nos salvar por graça, também é justo. Às vezes entendemos que Deus é apenas misericordioso e nos perdoa, e isso é verdade. No entanto, Ele é tão misericordioso que nos dá a graça não só de sermos perdoados, mas também de merecermos algo.
Os santos e santas são santos devido aos méritos que possuem. Podemos consagrar nossos méritos, o valor meritório das nossas obras, à Virgem Maria, para que ela os disponha em favor da Igreja, da evangelização e das pessoas. Entregar ao Imaculado Coração de Maria nossos méritos é um ato poderoso. Deus tem interligado essas coisas ao longo da história. Por exemplo, quando Nossa Senhora apareceu em Fátima e revelou o rosário e o seu Imaculado Coração, na última aparição, ela apareceu com São José e o Menino Jesus, vestida como Nossa Senhora do Carmo, trazendo um escapulário. Portanto, essas devoções e compreensões do papel da Virgem Santíssima como Mãe, Mestra, Intercessora e Protetora da Igreja são intimamente unidas.
Foi através dela que veio a chuva que Elias tanto precisava, e é através dela que se cumpre a primeira leitura do profeta Zacarias, quando Deus diz que muitos povos se aproximarão do Senhor: "Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti" (Zc 2, 15). Ele habitou através de Nossa Senhora; e se habitou uma vez, habitará sempre; se veio uma vez, sempre virá.
Portanto, queridos irmãos e irmãs, que Nossa Senhora do Monte Carmelo, com esse título, nos ajude a subirmos o monte que é Cristo e a nos tornarmos também um jardim de Deus. Deus nos habita, florescendo dentro de nós a virtude da santidade.
Esse Monte Carmelo, que é o próprio Cristo, também somos nós, a nossa alma. Ofereçamos nossa alma a Deus como um lugar onde Ele possa habitar, como escreveu e rezava Santa Isabel da Trindade, santa carmelita: "Pacificai, Senhor, a minha alma, fazei dela o vosso céu, vossa morada predileta nessa terra." Deus quer estar conosco, não apenas no céu, mas já aqui nesta vida. Nós somos o Carmelo de Deus.
Que a Virgem Maria, os santos e santas do Carmelo intercedam por nós, vindo em nosso auxílio e socorro. Que todos aqueles, no mundo inteiro, que receberem ou usarem o escapulário de Nossa Senhora do Carmo, tenham sempre esse santo desejo de santidade no coração.
O evangelho do dia está equivocado: Mt 12,46-50.
Amém 🙏
Flos Carmeli, vitis florigera, splendor Coeli, Virgo puerpera, singularis! (Flor do Carmelo, vide florífera, Esplendor do Céu, Virgem incomparável, Singular!
🌹
Mãe Bendita do Carmelo, intercedei para chegarmos ao MonteCristo!
A FLOR do Carmelo!
🙏
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!
Nossa Senhora do Carmo, intercedei por nós