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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 24, 42-51)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor. Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá. Qual é o empregado fiel e prudente, que o senhor colocou como responsável pelos demais empregados, para lhes dar alimento na hora certa? Feliz o empregado, cujo senhor o encontrar agindo assim, quando voltar.

Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. Mas, se o empregado mau pensar: ‘Meu senhor está demorando’, e começar a bater nos companheiros, a comer e a beber com os bêbados; então o senhor desse empregado virá no dia em que ele não espera, e na hora que ele não sabe. Ele o partirá ao meio e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.

É com grande alegria que celebramos hoje a memória de S. Mônica. A vida desta piedosa mãe, modelo de esposa católica, permite-nos recordar com que providencial sabedoria Deus se serve das criaturas para produzir os efeitos que deseja. No caso de S. Mônica, foram as orações, lágrimas e penitências de um amor, não só materno, mas sobretudo cristão que o Senhor quis utilizar para dar à Igreja um bispo e Doutor da estatura de Agostinho. Dos 56 anos a que se resume sua curta vida, Mônica passou 32 deles rezando e chorando pela conversão do filho, entregue por toda a juventude a uma vida de dissipações e pecados. Ao fim, Agostinho converteu-se, pois como haveria de perder-se, no dizer de S. Ambrósio, o filho de tão copiosas lágrimas? O Senhor bem poderia, é verdade, ter convertido Agostinho após a primeira oração da mãe; mas, se o tivesse feito, teríamos talvez um santo Agostinho, mas não uma santa Mônica, trabalhada e burilada na paciência, na perseverança, no sofrimento, na constância, na confiança no poder da graça divina. Porque Deus quer, sim, dar-nos os seus dons, mas quer também que lhos peçamos, que preparemos o nosso coração para receber, pelos meios já determinados, o que Ele espera conceder-nos. O Senhor queria, pois, fazer de Agostinho um grande santo, mas não sem lhe santificar também a mãe, educada pouco a pouco na escola da santa paciência. Que os dois, mãe e filho, intercedam hoje por todos nós e, de modo particular, pelas mães que sofrem pelos filhos afundados no pecado.

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