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Memória de Santo André Kim Taegon e companheiros mártires

Um católico que cede ao relativismo religioso não só se afasta da fé de dois mil anos da Igreja, mas ri com desprezo do sangue que tantos mártires derramaram em sinal de fidelidade à mesma Igreja.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 7, 36-50)

Naquele tempo, um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa.

Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume.

Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: “Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”.

Jesus disse então ao fariseu: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Simão respondeu: “Fala, mestre!” “Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta. Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?” Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Tu julgaste corretamente”.

Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor”. E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. Então, os convidados começaram a pensar: “Quem é este que até perdoa pecados?” Mas Jesus disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz”.

No mesmo ano em que Nossa Senhora aparecia em La Salette, lamentando-se da indiferença e da mornidão de tantos sacerdotes, do outro lado do mundo, perto de Seul, na Coréia, derramava o próprio sangue por fidelidade a Cristo o jovem padre Andrés Kim Taegon, torturado e decapitado com somente 25 anos de idade. Também na mesma época, durante a chamada Dinastia Joseon, milhares de outros católicos, perseguidos furiosamente pelas autoridades coreanas, foram mortos por crerem em Nosso Senhor Jesus Cristo. Submetidos a torturas que sequer podemos imaginar, estes santos mártires são um testemunho perene de que todos nós, sejamos leigos ou sacerdotes, temos o grave dever de evangelizar, nadando contra a atual onda de relativismo religioso para o qual basta crer “em alguma coisa”, como se Deus pudesse comprazer-se ao mesmo tempo com  a verdade e o erro, a adoração e a idolatria. Ceder a ideias como esta, que rebaixam a nossa santa fé — única religião revelada — ao nível de uma opinião entre outras, é rir com desprezo do sangue dos mártires, que, com fortaleza heróica e sobrenatural, são um sinal clamoroso a alertar-nos: “Convertei-vos ao cristianismo, se quereis a felicidade após a morte, porquanto Deus tem reservado um castigo eterno aos que recusam conhecê-lo”. Não deixemos nunca de dar testemunho, franco e sincero, da nossa fé, nem nos iludamos pela falsa “caridade” que julga ser grande amor deixar o próximo morrer no pecado e nas trevas da ignorância. Que S. Andrés Taigon, junto com os que, como ele, deram testemunho corajoso de Jesus Cristo, interceda por nós do céu e, por seus méritos e preces, fecunde a Santa Igreja com missionários mais numerosos e valentes.

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