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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc
9, 1-6)

Naquele tempo, Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças, e enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos. E disse-lhes: "Não leveis nada para o caminho: nem cajado nem sacola nem pão nem dinheiro nem mesmo duas túnicas. Em qualquer casa onde entrardes, ficai aí; e daí é que partireis de novo. Todos aqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, como protesto contra eles". Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa Nova e fazendo curas em todos os lugares.

No Evangelho de hoje, Jesus ordena aos Apóstolos que cumpram sua missão evangelizadora despojados de todo cuidado material: "Não leveis nada para o caminho", diz o Senhor, "nem cajado nem sacola nem pão nem dinheiro nem mesmo duas túnicas." Os que são enviados em nome de Cristo, portanto, não devem levar consigo sequer as mais básicas provisões; antes, precisam entregar-se sem medo à providência divina, que a ninguém priva do necessário. Aqui nos é posto diante dos olhos o valor da pobreza evangélica, tão querido pela Igreja quanto desprezado e esquecido pelas falsas "confissões" cristãs. Ora, devido à influência benéfica do cristianismo sobre a sociedade ao longo dos últimos dois mil anos, todos, sejam ou não fiéis, reconhecem a importância de fazer o bem aos mais necessitados — dando-lhes de comer, matando-lhes a sede, cobrindo-os do frio etc. Dessa caridade que todos louvamos não há talvez melhor exemplo do que S. Vicente de Paulo, cuja memória hoje se celebra. No entanto, são poucos, ao menos nos tempos atuais, os que sabem valorizar a importância de fazer-se pobre como Cristo. Amar os indigentes, claro, é algo muito bom; tornar-se pobre, contudo, por amor ao Senhor é algo incomparavelmente melhor. É, no fundo, o que torna frutífero e valioso aos olhos de Deus as pequenas boas obras feitas em benefício dos mais necessitados; é o remédio do nosso egoísmo, do nosso apego às esperanças desta terra; é a resposta à ganância, louca e desenfreada, que vem há tempos desmanchando lares, cindindo famílias e submetendo as almas ao culto de Mamon. Que S. Vicente de Paulo, por sua intercessão, ajude-nos a viver a bem-aventurança dos pobres de espírito, cuja única riqueza é o amor de seu Senhor e a herança da vida futura.

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