Na aula passada, começamos a introduzir os pressupostos do capítulo 5 da Introdução à vida devota. Nessa aula, iremos continuar o assunto. Alguém deve estar pensando: “Padre, vá para frente logo!” Não dá. Por quê? Porque estamos num outro mundo.

Na aula passada, tivemos de construir a convicção de que você tem uma alma imortal, ou seja, você existe e existirá para sempre. Mas há duas verdades dramáticas e aparentemente contraditórias: você existe para a imortalidade, mas irá morrer antes disso. Memento mori — “Recorda-te de que vais morrer”! Quando você morrer, virá o juízo. Por isso, é importante recordar-se da morte, não para ter saudades dessa vida, que pode até ser boa, mas é evidentemente passageira.

O problema é que as pessoas não gostam de pensar que irão morrer. Mas é necessário pensar nisso. Por quê? Porque o momento definido e definitivo de toda existência humana é o da morte. É ali que se dará o julgamento, e você será salvo para sempre no céu (quer passe pelo purgatório ou vá direto para o céu, o que é raro), ou será condenado para sempre no inferno.

São Francisco de Sales, alguns capítulos à frente, irá propor uma série de meditações sobre a...