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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 1,47-51)

Naquele tempo, Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. Jesus disse: “Tu crês porque te disse: ‘Eu te vi debaixo da figueira?’ Coisas maiores que esta verás!” E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.

Com alegria celebramos hoje a festa dos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael. Nesta festa, é claro, o arcanjo que mais resplandece é São Miguel, e isso por uma razão histórica: porque, na realidade, no calendário litúrgico antigo, hoje era festa de São Miguel (São Gabriel e São Rafael eram celebrados em outros dias), por isso ficou tão marcada a ideia da Quaresma de São Miguel, que, desde a Assunção da Virgem Maria até hoje, preparava sua festa com um período de jejuns, penitências, oferecimentos a Deus, uma batalha espiritual que nós precisamos viver.

Uma das leituras possíveis para o dia de hoje é exatamente aquela visão do Apocalipse no capítulo 12, que começa dizendo assim: “Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos guerreavam contra o Dragão”.

Vejam: “Miguel e os seus anjos”. A primeira coisa, fantástica e maravilhosa, é nós entendermos que de alguma maneira, nos desígnios de Deus, na sua Providência, São Miguel tem uma missão de coordenação na luta dos anjos protetores, que objetivamente lutam contra Satanás neste mundo; portanto, nós estamos falando aqui de anjos que são usados por Deus como instrumentos para nos proteger.

Santo Tomás de Aquino, num dos seus comentários ao Evangelho, se pergunta como é possível odiar a Deus, ou seja, no caso aqui, o Dragão, a serpente, os demônios. Como é possível que eles odeiem a Deus? Ele diz: “Satanás odeia a Deus, mas não a Deus em si, porque ele não conhece a Deus em si”. O que ele conhece são efeitos de Deus, ou as coisas que Deus faz na sua providência, no seu desígnio salvador, na sua bondade. Ora, essas coisas que Deus faz provocam um especial ódio em Satanás e nos seus demônios, e uma das coisas que Deus faz — recorda Santo Tomás de Aquino — é exatamente o fato de que os demônios não têm poder para nos destruir, nos perseguir, nos castigar e nos fazer o mal do jeito que eles gostariam (ad voluntatem suam, ou seja, conforme a vontade deles). Não, eles não têm esse poder, e por que não tem esse poder?

Porque nós estamos sendo objeto de uma proteção divina extraordinária, que se manifesta, entre outras coisas, principalmente através do ministério dos santos anjos. Portanto, devemos celebrar com imensa gratidão os arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, por saber que não somente eles, mas também os seus anjos, os anjos de São Miguel, travam uma batalha contra o Dragão para nos proteger, visto que somos atacados pelos demônios — existem realmente ataques espirituais, mas esses ataques não são nem sequer um milésimo daquilo que os demônios gostariam de fazer, se pudessem!

Você pode se perguntar assim: “Mas, padre, se Deus nos protege dos demônios, por que Ele não nos protege totalmente? Por que ele ainda deixa esse incômodo, esse pequeno percentual, por pequeno que seja? Isso já é bastante perturbador porque nós vemos na história da humanidade quanta maldade, quanta malícia, quanta destruição! Para nós, seres humanos, já é demais!”

Deus, na sua infinita bondade e na sua misericórdia, não permitiria o mal se deste mal não pudesse tirar um bem maior, e este bem maior é que nós, unidos a essa luta, mostramos o nosso amor para com Deus, crescemos na virtude e, não somente isso, enxergamos como fomos e estamos sendo objeto de misericórdia. Ao vermos o ministério dos anjos que nos protegem, nós só podemos ficar extasiados e exclamar de alegria: “Nós cantaremos eternamente as misericórdias do Senhor!” Sim, estamos sendo objeto da misericórdia de Deus, de uma proteção especialíssima do alto.

Agradeçamos a Deus por termos sido objeto de tanta bondade e de tanta misericórdia! Comecemos hoje, celebrando os Santos Arcanjos, a agradecer à Providência de Deus, santíssima, boníssima e misericordiosíssima por todas as graças que nos concede. Mas só o nosso tempo neste mundo não será suficiente para agradecermos; nós teremos a eternidade inteira para cantar as misericórdias de Deus realizadas através dos santos anjos. Misericordias Domini in æternum cantabo, — “Cantarei para sempre as misericórdias do Senhor”.

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