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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Algumas leis têm como objetivo resguardar a vida, e outras a de propiciar uma convivência pacífica e ordeira entre as pessoas. Evidentemente, o peso da desobediência é maior para as primeiras.

A não observância das leis de trânsito tem como consequência vidas ceifadas ou mutiladas. É sobre isso que diz o número 2269, do Catecismo da Igreja Católica:

"O quinto mandamento proíbe que se faça algo com a intenção de provocar indiretamente a morte de uma pessoa. A lei moral proíbe expor alguém a um risco mortal sem razão grave, bem como recusar ajuda a uma pessoa em perigo."

Isso quer dizer que a pessoa que desobedece à lei de trânsito incorre em pecado grave? O mesmo Catecismo esclarece que:

"A virtude da temperança manda evitar toda espécie de excesso, o abuso da comida, do álcool, do fumo e dos medicamentos. Aqueles que, em estado de embriaguez ou por gosto imoderado da velocidade, põem em risco a segurança alheia e a própria, nas estradas, no mar ou no ar, tornam-se gravemente culpáveis." (2290)

Portanto, colocar em risco a sua própria vida ou a vida de outras pessoas é pecado mortal. No seu manual de bioética, o Cardeal Elio Sgreccia, hoje presidente emérito da Pontifícia Academia para a Vida, cita com muita propriedade o discurso do Papa Pio XII pronunciado no dia 03 de outubro de 1955, justamente num congresso cujo tema era o trânsito. O Papa diz:

"As consequências que são tão frequentemente dramáticas nas infrações ao código de trânsito conferem um caráter de obrigatoriedade extrínseca muito mais grave de quanto geralmente se pensa. Quem conduz um veículo não pode contar apenas com sua própria vigilância e habilidade para evitar acidente, mas devem, além disso, manter uma margem adequada de segurança, se quiser ser capaz de evitar as pessoas imprudentes e enfrentar as dificuldades que são imprevisíveis."

Como já foi dito, existem leis de trânsito que não visam tão somente resguardar a vida, mas harmonizar a relação entre o transeunte e os veículos. Assim, é importante reconhecer que a lei maior é a lei da caridade, por isso é preciso mudar a mentalidade reinante e compreender que o convívio social exige que todos tenham consideração pelas necessidades uns dos outros. Uma norma de trânsito aparentemente simples pode conter uma caridade escondida e que deve ser exercida para com o próximo. Sim, pois é um ser humano que está conduzindo o outro veículo e, como tal, deve ser respeitado.

Ao dirigir com prudência, observando as leis e a caridade, o motorista estará exercendo um ato de amor que é o que distingue o verdadeiro cristão.

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