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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 1, 57-66)

Chegou o dia de Isabel dar à luz e ela teve um menino. Seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe tinha mostrado grande misericórdia e se alegravam com ela. No oitavo dia foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. Mas sua mãe interveio: “Não! Ele vai se chamar João!”. Disseram-lhe: “Mas não há nenhum dos teus parentes com esse nome!”. E perguntaram ao pai, com acenos, como queria que o chamassem. Este pediu uma tabuinha e escreveu: “João é o seu nome”. E todos ficaram surpreendidos. Naquele mesmo instante sua boca se abriu, sua língua se soltou e falava novamente, bendizendo a Deus. Todos os vizinhos ficaram amedrontados, e por toda a montanha da Judeia se contavam estes acontecimentos. Os que ouviam isso o retinham no seu coração e diziam: “Quem será este menino?”. De fato, a mão do Senhor estava com ele.

Na última estrofe do doce hino ao Menino Jesus Tu scendi dalle stelle, de autoria de S. Afonso Maria de Ligório, somos chamados a responder com amor Àquele que, de tanto nos amar, não recusou morrer pela nossa salvação. Para isso, temos de recorrer ao auxílio de Maria, nossa esperança, em cujo Coração Imaculado encontramos um reforço, um suplemento ao amor, pobre e imperfeito, que conseguimos tributar a Cristo. Maria, sim, por ser santíssima e sem mancha de pecado, pode oferecer a seu Filho aqueles atos de caridade que Ele merece, mas que nós, tão apegados a falsos amores, tão inclinados ao mal, tão prontos a ceder à tentação e a ofender a quem nos redimiu ao preço de seu Sangue, somos incapazes de dar. Se pouco amamos a Jesus, peçamos à Virgem bendita que, vindo em nosso socorro, se digne amá-lo por nós. É precisamente aí, nessa ajuda que Maria nos presta quando se trata de amar a Cristo, que temos a razão de chamá-la nossa esperança: esperança, sim, porque embora a santidade — a perfeição no amor — seja uma meta árdua, difícil, repleta de obstáculos e asperezas, podemos contudo apoiar-nos na caridade que o Coração de nossa Mãe tem a Nosso Senhor. Por ela, com ela e nela chegaremos um dia a não amar nada fora de Cristo. Clamemos, pois, nestes últimos momentos antes do Natal: “Ó Maria, esperança minha, se pouco eu amo o teu Jesus, não te indignes de amá-lo tu por mim, se eu não o sei amar!”

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