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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 14,1-6)

Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. Diante de Jesus, havia um hidrópico. Tomando a palavra, Jesus falou aos mestres da Lei e aos fariseus: “A Lei permite curar em dia de sábado, ou não?” Mas eles ficaram em silêncio. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e despediu-o. Depois lhes disse: “Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado?” E eles não foram capazes de responder a isso.

No Evangelho de hoje, Jesus cura um hidrópico na casa de um dos fariseus. Trata-se desses Evangelhos em que Jesus claramente quer mostrar que o amor de Deus, a lei da caridade, ultrapassa qualquer outra prescrição.

Santo Agostinho nota que existe aqui um paralelo com outra cura que Jesus fez num dia de sábado: a da mulher encurvada. Agora nós temos um hidrópico, uma pessoa cheia de edemas, com retenção de líquidos no corpo, de tal modo que os membros ficam inchados, com muito líquido, o que faz a pessoa sofrer muito com aquilo, talvez por problemas cardíacos, por insuficiência dos rins, ou outra razão.

O fato é que Jesus compara esse homem cheio de água, hidrópico, com uma pessoa que caiu num poço, um filho que caiu num poço, ou um boi que caiu num poço cheio de água. Santo Agostinho nota esse paralelo e vê que essa comparação é boa para entender: “Veja, você não tem compaixão com esse ser humano, mas tem compaixão com um animal”, e com isso Jesus está mostrando quanto o coração desses fariseus está distante da caridade.

Mas como é que esses fariseus poderiam sair dessa situação? Como eles poderiam verdadeiramente deixar de ser insensíveis dessa maneira? Veem o homem sofrendo e, apegados a leis que, digamos assim, seriam ninharias, não se compadecem dele? Como é possível sair dessa dureza de coração desses fariseus? Bom, a dificuldade básica dos fariseus está no olhar: a forma como eles olham para a realidade.

O Evangelho de São Lucas, aqui, diz no versículo primeiro que “eles”, os fariseus, “observavam Jesus”. O verbo que está lá no original grego é ‘paratērō’ [παρατηρώ], que quer dizer “um observar cuidadosamente”, como quem vigia, como um guarda que está esperando um suspeito realizar um crime. Esse verbo aparece seis vezes no Novo Testamento, e em quatro delas é usado para os fariseus. Parece que é uma atitude mesmo deles, a de estar de guarda, de tocaia, esperando para dar o bote, para pegar Jesus em alguma coisa.

O interessante é que o verbo ‘paratērō’ designa uma ‘observação meticulosa’: a pessoa está observando a coisa meticulosamente, nos seus mínimos detalhes. Mas como é possível você ver tanto e enxergar tão pouco? Essa é a miséria dos fariseus. Eles, observando pequenos detalhes, perdem de vista a realidade que está lá diante deles, que é Jesus.

Essa é a atitude deles para com a Lei. Eles observam os pequenos detalhes da Lei, as pequenas vírgulas dos preceitos, mas perdem aquilo que Deus queria lhes dar quando lhes revelou a Lei. Se Deus fez a Lei do sábado, fez o sábado para amar a Deus, para ter mais tempo de amar, e agora eles começam a usar uma lei que foi feita para o amor contra o amor e contra a compaixão para com aquele hidrópico.

Deus também deu aos fariseus o mais maravilhoso de todos os convivas, Jesus, sentado à mesa com eles. Quem de nós não gostaria de estar sentado àquela mesa e observar Jesus, mas observá-lo de outro jeito, olhar para Ele com os olhos da fé, não com os olhos meticulosos de um investigador, mas com um olhar de maravilhamento, da fé que vê o amor de Deus que se encarnou e que veio nos visitar.

Tanta coisa poderia ter sido poupada a esses fariseus, se eles tivessem um olhar diferente, um olhar de amor. Jesus tenta curá-los disso, porque a cura mais importante que Jesus quer realizar neste Evangelho não é a do hidrópico, mas a da cegueira dos fariseus, que observam tanto e vêem tão pouco, para que eles possam finalmente ver a verdade de Deus; debaixo das numerosas pequenas leis, a lei do amor; debaixo dos meticulosos detalhes que observavam em Jesus, o amor encarnado.

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