Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 16, 23b-28)
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: "Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis; para que a vossa alegria seja completa.
Disse-vos estas coisas em linguagem figurativa. Vem a hora em que não vos falarei mais em figuras, mas claramente vos falarei do Pai. Naquele dia pedireis em meu nome, e não vos digo que vou pedir ao Pai por vós, pois o próprio Pai vos ama, porque vós me amastes e acreditastes que eu vim da parte de Deus. Eu saí do Pai e vim ao mundo; e novamente parto do mundo e vou para o Pai".
Embora de difícil interpretação, o Evangelho que hoje nos é proposto deixa uma coisa bastante clara — a necessidade da oração. Temos, com efeito, de rezar incessantemente e pedir a Cristo, que intercede por nós junto ao Pai (cf. Hb 7, 25), a graça de crescermos na vida espiritual. Se queremos ser justificados, lembra-nos Santo Tomás de Aquino, devemos recorrer com frequência e confiança à oração de petição, porque nela, a um só tempo, manifestamos a nossa indigência e insuficiência e reconhecemos o soberano poder de Deus, fonte de todo o bem que há em nós. Sejamos constantes na oração; procuremos dedicar cada vez mais tempo a este momento de diálogo íntimo e amoroso com Nosso Senhor. É Ele mesmo quem pede que peçamos: "Pedi, e recebereis; para que a vossa alegria seja completa." Cumpramos, pois a Sua vontade, expondo-lhe as nossas misérias e suplicando-lhe o remédio para as nossas enfermidades. Que a Virgem Santíssima, em cujo coração palpita a mais intensa vida interior, nos ajude a procurar sempre o regaço do nosso amado Pai, que dá sempre em abundância tudo quanto nos torna mais fieis à nossa vocação de cristãos e filhos de Deus.
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