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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 13, 16-17)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram”.

Celebramos hoje, com grande alegria, a Memória de São Joaquim e Sant’Ana, pais da Virgem Maria. Conhecemos os nomes desses dois grandes santos através do testemunho de Evangelhos apócrifos, porque o nome deles não consta nos Evangelhos canônicos. A Tradição da Igreja sempre venerou esses dois grandes patriarcas, avós de Nosso Senhor Jesus Cristo, porque foi através deles que se cumpriu a promessa feita por Deus a Davi. 

Davi queria construir um Templo para Deus. Então o Senhor disse-lhe que Ele é que lhe daria uma casa. Essa “casa” prometida a Davi é uma casa dinástica, que remete à sucessão davídica. E então, de fato, Davi recebeu uma casa por meio do seu filho, Salomão. 

Quando Salomão assumiu o trono, ele fez um gesto que se tornou típico na casa davídica. Ao tomar posse como rei, ele precisava de uma rainha. Contudo, Salomão tinha muitas mulheres e, para evitar confusão, destinou à sua mãe o trono ao seu lado e inclinou-se diante dela. A partir de então, a entronização da mãe do rei tornou-se uma instituição da dinastia davídica.

Ela, inclusive, ganhou o título específico de “rainha-mãe” [Gebirah, em hebraico]. Desse momento em diante, os reis davídicos terão sempre uma rainha-mãe. 

Jesus, quando veio ao mundo, recebeu a linhagem de sangue por parte de sua mãe, porque não houve nenhuma influência biológica na paternidade de São José, que foi um pai casto. Maria concebeu misteriosamente por uma intervenção divina e, por isso, é através da linhagem dela e, consequentemente, de São Joaquim e Sant'Ana, que Cristo nasceu. 

Portanto, hoje nós celebramos os pais da Virgem Maria, que foram escolhidos por Deus para darem à luz a Rainha-Mãe por excelência, da qual nasceria o Filho Jesus. Foi no ventre de Sant’Ana que aconteceu o milagre misteriosíssimo e insondável da Imaculada Conceição da Virgem Maria, embora tenha sido concebida em uma relação sexual normal e natural.

No momento da concepção dentro do ventre de Sant’Ana, Deus infundiu sua graça com tal abundância em Maria, que ela superou, naquele instante, todas as graças que seriam derramadas em todos os santos e anjos ao longo da história da salvação. Por isso, celebremos alegremente esses grandes santos, dos quais nasceu a Rainha-Mãe que nos trouxe o Salvador.

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