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Quando é que a Igreja vai adaptar seus ensinamentos (de moral sexual, por exemplo) aos tempos modernos? Houve a Revolução Sexual, todo o mundo sabe que as coisas mudaram; por que então a Igreja insiste em continuar condenando certas condutas como pecado? Por que a Igreja não se abre, não se “moderniza”? 

Para responder a essa pergunta, nós temos de entender que existem leis que não foram criadas pela Igreja; existem leis que estão inscritas por Deus na própria natureza das coisas — leis que não comportam sequer exceções, aliás.

Vamos explicar. Desde o início da Igreja os cristãos sabiam que havia leis para as quais  não podia haver exceção. Os mártires derramaram o seu sangue justamente por isso. César queria obrigá-los a prestar a ele um culto de adoração, como se ele fosse Deus. Ora, por que eles não jogavam incenso diante da estátua do imperador cruzando os dedos? Por que não diziam: “Vou fazer de conta que adoro por fora, mas no fundo do meu coração não estou adorando coisíssima nenhuma”? Porque eles sabiam que não podiam fazer isso; sabiam que isso seria ocasião de escândalo para os outros cristãos; sabiam que, no fundo, quando Deus nos diz que devemos amar a Ele sobre todas as coisas e não podemos ter outros deuses diante dele, Ele está nos dando uma lei natural, que está no ser das coisas e não admite exceção. 

Nós não podemos entender a lei natural como um “capricho” de Deus. Houve em outros tempos pessoas dentro da Igreja que achavam isso; que Deus poderia mudar a lei natural simplesmente decretando: “Ao invés de ‘amar a mim sobre todas as coisas’, o primeiro mandamento é ‘odiar a mim’”; e que com isso odiar a Deus, em vez de amá-lo, seria uma virtude. Mas a Igreja sempre viu nisso uma aberração. Deus nos criou para amá-lo e isso está inscrito na natureza humana. Nada pode mudar essa ordem, essa realidade que está em nosso ser. Essa lei não vai mudar nunca e não admite exceções. (É claro que, se alguém prender e amarrar você fisicamente, forçando-o a se inclinar diante de um ídolo, você está fisicamente impossibilitado de obedecer ao primeiro mandamento. Mesmo assim, dentro do seu coração você continua livre para dizer: “Não adoro”.)

Com os outros mandamentos do Decálogo acontece o mesmo. No Antigo Testamento, houve uma série de leis que Deus fixou por um tempo determinado, mas Cristo as aboliu com sua vinda. É o caso da circuncisão, dos sacrifícios de animais e de certas observâncias com relação ao sábado. Mas Deus desde o início havia disposto essas leis como temporárias. Os dez mandamentos, porém, não foram abolidos por Jesus; eles estão inscritos no ser das coisas. Trata-se de uma revelação divina para ajudar a nossa inteligência, a qual por si só seria capaz de descobrir esses mandamentos. De fato, o ser humano consegue enxergar que não deve matar uma pessoa inocente, que não deve cometer adultério, que não deve roubar, que não deve caluniar e assim por diante. Todos os povos, todas as civilizações, em todos os tempos, em maior ou menor grau, sempre enxergaram essas leis, pois elas estão no ser das coisas. Deus nos criou desse modo. 

Ora, considerando que a moral sexual faz parte dos dez mandamentos, voltemos à pergunta inicial: quando é que a Igreja vai adaptar sua doutrina à Revolução Sexual da década de 1960? A resposta é: nunca, pois a Igreja não tem poder para isso; ela não pode “recriar” o ser humano de outra forma, mudar aquilo que ele é. Para remover o sexto mandamento, arrancar dele todas as proibições relativas à sexualidade, seria preciso criar outra coisa que não o ser humano. Mas nós somos o que somos, existe uma lei em nós.

E todas as pessoas admitem isso. Por exemplo: os médicos reconhecem que existem leis para o funcionamento do corpo humano. Ora, um veneno que matava mil anos atrás continua a matar agora, mesmo depois da Revolução Sexual. O que fazia mal à sexualidade humana mil anos atrás, continua a fazer mal agora. Porque o ser humano é o mesmo; a lei eterna que está no Coração de Deus está inscrita em nosso coração de criaturas racionais, como lei natural; e nós somos capazes de enxergar racionalmente que as coisas são como são e jamais irão mudar.

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