Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 13, 16-20)
Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse: “Em verdade, em verdade vos digo: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes.
Eu não falo de vós todos. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se realize o que está na Escritura: ‘Aquele que come o meu pão levantou contra mim o calcanhar’. Desde agora vos digo isto, antes de acontecer, a fim de que, quando acontecer, creiais que eu sou.
Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.
No Evangelho de hoje, iniciamos uma leitura quase que cursiva dos capítulos de São João que se referem à Última Ceia. Essas leituras, excetuando as festas que vão acontecer no meio, irão nos levar até a Solenidade de Pentecostes; portanto, lemos hoje o capítulo 13, mas logo depois começamos os demais.
Vemos hoje que Jesus está na Última Ceia falando na intimidade com seus discípulos. E aqui que se encontra a chave de leitura para o Evangelho de hoje: Ele não somente está anunciando a traição de Judas, mas está dizendo aos Apóstolos que eles são servos que representam o seu Senhor. Essa é a realidade de que Jesus escolhe os Apóstolos — hoje, os bispos e os padres — para serem seus amigos íntimos e lhes fala ao coração.
Por causa da ligação profunda entre a pessoa do Apóstolo — ou seja, o ministro ordenado, o sacerdote, o padre ou o bispo — e Jesus, o discípulo de Cristo não representa Nosso Senhor apenas sacramentalmente, mas como uma presença de Jesus, no sentido existencial e espiritual.
Nesse contexto, o verbo “representar” pode ter uma conotação fraca, no sentido de alguém encenar, por exemplo, uma personagem histórica em um teatro. Agora, quando se diz que alguém é um embaixador, quer dizer que essa pessoa está no lugar de uma outra pessoa mais importante que não pôde estar presente. Portanto, o Apóstolo é uma presença de Cristo.
Ainda que algum padre seja indigno como Judas, ele continua sendo uma presença, embora seja apenas no sentido sacramental. O ideal é que os padres e bispos também obtenham a graça do sacramento e cresçam espiritualmente para serem uma presença espiritual e existencial, onde eles vão aos poucos se configurando a Cristo.
No ritual de ordenação, o bispo pergunta ao diácono que vai ser ordenado padre se ele quer se configurar a Cristo, tendo no seu coração os mesmos sentimentos de Jesus e vivendo como uma presença dele neste mundo. Por isso, ao iniciarmos a leitura dos capítulos da Última Ceia, tenhamos diante dos olhos que Jesus está dando uma mensagem para todos os cristãos, mas sobretudo para os seus amigos íntimos. Rezemos, então, pelos nossos sacerdotes, padres e bispos, para que eles sejam uma representação de Cristo e se configurem a Ele, sendo fiéis à graça que receberam na ordenação.
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Os sacerdotes não são como os juízes de uma nação, que representam as Leis ali existentes. Os sacerdotes representam a VERDADE ABSOLUTA DOS MANDAMENTOS DE DEUS E DOS ENSINAMENTOS DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!
Rezemos, então, pelos nossos sacerdotes, padres e bispos, para que eles sejam uma representação de Cristo e se configurem a Ele, sendo fiéis à graça que receberam na ordenação.
Maravilhoso, rezemos com respeito e gratidão por nossos Padres
...a Mim recebe e Ao que Me enviou. Recebamos o que vem em Seu Nome!