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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 11, 47-54)

Naquele tempo, disse o Senhor: “Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração. Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar”. Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. Armavam ciladas, para pegá-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca.

Celebramos hoje com grande alegria a Memória de Santo Inácio de Antioquia, um dos mártires da Igreja sub-apostólica que devemos venerar de forma especial. 

Mas o que é a Igreja sub-apostólica? É a geração dos cristãos que conheceram os Apóstolos — que testemunharam a Ressurreição de Jesus — e receberam dos Doze a transmissão da Revelação. Inácio de Antioquia nasceu em 35 d.C., aproximadamente, morrendo mártir em Roma por volta de 110. Foi nomeado bispo de Antioquia na Síria e, um pouco depois, aprisionado. No entanto, foi como prisioneiro que ele nos legou suas sete cartas, escritas às igrejas da Ásia e ao seu amigo São Policarpo, bispo de Esmirna, enquanto ia para Roma. 

Além dessas cartas, há uma outra, destinada aos fiéis de Roma, escrita quando ele ouviu rumores de que os romanos estavam confabulando uma meio de libertá-lo para que não morresse mártir. Então Inácio escreveu à Igreja de Roma, pedindo encarecidamente que nada fizessem: “Se vós me amais verdadeiramente, permiti que eu nasça para Deus, porque em Deus serei homem”. Portanto, ele desejava morrer por amor a Cristo com o martírio, sendo entregue às feras e triturado pelos seus dentes como o trigo é triturado para se tornar pão. 

É impressionante ver a fé do grande Santo Inácio, como ele queria amar Jesus e derramar o seu sangue por Ele até a última gota. Como se não bastasse, ele ainda disse que se, por alguma fraqueza humana, ele desistisse do martírio, os romanos não deveriam acreditar nele, mas deixá-lo “viver”, ou seja, viver para Deus significa morrer por Cristo. 

Santo Inácio, nesta carta extraordinária aos romanos, diz que sente dentro de si uma fonte de água viva, que é o Espírito Santo, dizendo-lhe: “Vem para o Pai”. Esse é um dos muitos testemunhos extraordinários de como os santos são arrebatados pelo amor de Cristo, como São Paulo diz: “Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1, 21). 

 É importantíssimo celebrar São Inácio de Antioquia porque sua vida nos coloca diante de nossa única missão neste mundo. Por isso, peçamos a intercessão desse grande santo e supliquemos: “Senhor, dai-me também a caridade abrasada de Inácio, para que eu também nasça para o Cristo derramando o meu sangue”.

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