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Cartas de um Diabo a seu Aprendiz

A Lei da Ondulação

Por sua própria natureza, composta de corpo e alma, o homem não pode dedicar-se incessantemente à vida do espírito. Seus altos e baixos, com picos de emoção e vales de desânimo, são parte da experiência de ser homem, mas um prato cheio para o demônio experiente…

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Estamos na Carta VIII [1]. Wormwood está empolgado porque seu paciente, de fervoroso converso, tornou-se um chato desanimado, profundamente aborrecido da vida religiosa. Mas Screwtape se prontifica em cortar asas à empolgação do sobrinho, lembrando-lhe a importantíssima Lei da Ondulação. 

O homem é um ser anfíbio: assim como os sapos vivem em parte na água, quando girinos, em parte na terra, quando adultos, também o ser humano é uma criatura híbrida, cuja vida engloba tanto a dimensão corpórea como a espiritual. Por isso o homem não vive todo imerso na matéria, como os outros animais, nem em constante contemplação, como os espíritos puros. Nele, corpo e alma formam uma unidade que, em virtude da mútua influência entre estes dois princípios, passa naturalmente por “altos e baixos” (troughs and peaks).

Essas ondulações acontecem em todos os âmbitos da vida humana, não só na vida religiosa. Em tudo — nas amizades, no trabalho, nos relacionamentos —, há momentos de empolgação e momentos de baixa. Por isso, as baixas na vida de oração não são, sempre e necessariamente, mérito do inimigo. Não raro, são apenas períodos normais de menos energia, dos quais, no...

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