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Cartas de um Diabo a seu Aprendiz

Uma religião de faz-de-conta

Temos um lado cego da personalidade, defeitos e problemas que todos enxergam, menos nós. Passamos horas a fio nos autoexaminando, mas não trabalhamos o que realmente temos de trabalhar, as falhas mais perturbadoras. Por isso o demônio explora o nosso imaginário, isto é, as percepções que temos não do que realmente somos, mas de quem pensamos ser.

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Entramos na Carta III [1]. O paciente converteu-se ao cristianismo, e para condená-lo ao inferno é preciso levá-lo a conceber o cristianismo como uma “religião das nuvens”, sem contato com a realidade. A melhor maneira de o fazer é por meio dos relacionamentos familiares.

Eis por que a carta fala exatamente da relação entre o paciente e a mãe: “Fiquei muito satisfeito com o que você me contou sobre o relacionamento desse homem com a sua mãe, mas você deve tirar vantagem disso”. Eis o conselho de Screwtape para que Wormwood leve o paciente para o inferno fazendo-o não viver a situação familiar que tem diante de si.

É interessante notar que esta carta tem muito de autobiográfico. Como se sabe, durante a I Guerra Mundial, Lewis foi soldado de trincheira junto com Paddy Moore, e os dois fizeram o voto de que, caso um deles morresse, o outro cuidaria de sua família. Assim, caso Lewis morresse, Paddy cuidaria de seu pai, mas se Paddy morresse, Lewis teria de cuidar de sua mãe. Foi o que aconteceu. Paddy morreu na I Guerra, e Lewis tomou para si o encargo, fiel à promessa feita, de cuidar da mãe de seu falecido colega.

Chamava-se Jane King Moore, mais conhecida...

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