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Cartas de um Diabo a seu Aprendiz

A religião como instrumento de perdição

O diabo, astuto e mentiroso, só trabalha com moeda falsa. Quando não consegue perder-nos pelo pecado, perde-nos pela própria religião, pervertendo o que temos de mais santo. Não à toa, entre nós há quem viva numa “igreja” de mentira que, em vez de ser arca de salvação, é um bote furado, cheio das águas do dilúvio universal.

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Na aula passada, vimos a Carta XXII [1], na qual o paciente de Wormwood se apaixonou por uma menina cristã extraordinária. No fim da carta, além disso, Screwtape transformou-se numa centopeia por castigo divino; agora, de volta ao normal, pode escrever de próprio punho a Carta XXIII [2], que dá continuidade às suas lamúrias. Por quê? Porque o paciente agora, graças à namorada, entrou num círculo de cristãos inteligentes. Dupla miséria. “Não conseguimos nada com as tentações do mundo, não conseguimos nada com as tentações da carne. Agora o único jeito vai ser fazer dele um falso santo” (a spoiled saint). Como, pois, transformá-lo num fariseu? Fazendo a prática da religião destinar-se a uma finalidade terrena, e não transcendente.

“Vamos enganar o nosso paciente”, propõe Screwtape, “para que ele busque a felicidade aqui na terra e que a religião sirva só de instrumento para isso”. Essa carta, publicada em 03 de outubro de 1941, prediz com extraordinário acerto o que seria, 30 anos depois, a teologia da libertação. Para pôr a religião a serviço de uma finalidade terrestre, como criar “um mundo melhor”, uma “terra sem males” etc., o primeiro passo é insistir na ideia de um...

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