O último grande imperador do Império Romano foi Diocleciano (284-305). Ele governou durante o período que ficou conhecido como Baixo Império e, embora esse título tenha por objetivo apenas situá-lo cronologicamente, tem sido utilizado também para fazer referência ao declínio do Imperio, à sua decadência em todos os aspectos.
Diocleciano percebeu que o Império estava sendo ameaçado por inimigos externos e que poderia ser esmagado também por seus problemas internos e, com suas habilidades estratégicas, encontrou a solução mais adequada para o momento. O grande escritor Daniel-Rops, em cuja obra "A Igreja dos Apóstolos e dos mártires" este curso se inspira, diz a respeito da ideia de Diocleciano:
Antes de mais, era necessário dar uma base sólida à obra de seus predecessores, os imperadores ilíricos, e tornar impossível o retorno àquela terrível crise de anarquia que durante trinta anos ameaçara fazer soçobrar o Império. Ocorreu-lhe que os territórios confiados à sua guarda eram excessivamente vastos para as forças de um só homem, e que seriam indispensáveis vários chefes para manter a ordem e defender as fronteiras. Ao mesmo tempo, esta partilha de autoridade...