Vimos na aula anterior que existe um chamado divino universal à santidade, o qual engloba, portanto, não somente os clérigos e religiosos, como também todos os leigos. Quanto aos sacerdotes, porém, vimos que a busca pela santidade é algo que está profundamente associado à própria natureza do sacerdócio, de modo que não se pode ser verdadeiramente padre sem um desejo ardente de ser santo. É por isso que, na chamada oração consecratória, o bispo impõe as mãos sobre o diácono, suplicando para o futuro padre as graças necessárias para a sua santificação. O bispo suplica ao Senhor pela santificação de seu clero porque sabe que a santidade não é fruto dos esforços humanos, mas da graça de Deus que atua no homem, configurando-o a Nosso Senhor Jesus Cristo. Baldados os estragos da heresia pelagiana, a Igreja entende que nenhum ato de amor, por menor que seja, pode ser realizado pelo homem sem a graça de Deus. E os padres não estão fora dessa regra.
Nos últimos cem anos, vários autores espirituais — tais como Fr. Juan G. Arintero, O.P., Fr. Ambroise Gardeil, O.P., Fr. Reginald Garrigou-Lagrange, O.P., Fr. Antonio Royo Marín, O.P., etc. — estudaram a engenharia da...