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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 17,26-37)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem. Eles comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles. Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos. O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado. Nesse dia, quem estiver no terraço, não desça para apanhar os bens que estão em sua casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló. Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la. Eu vos digo: nesta noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”. Os discípulos perguntaram: “Senhor, onde acontecerá isso?” Jesus respondeu: “Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres”.

Celebramos hoje a memória de Santa Isabel da Hungria, santa extraordinária que viveu apenas 24 anos neste mundo, mas cujos atos divinos fizeram com que a devoção a ela fosse tão popularmente conhecida, de tal modo que foi canonizada apenas quatro anos após sua morte.

Quem foi essa mulher extraordinária? Ela era de família nobre e, como era costume na época, já fora prometida em casamento com apenas quatro anos de idade. Foi para a Corte onde estaria o seu futuro marido e, ali, ela foi educada. Durante o período em que estava sendo educada e o marido, preparado para tomar o governo, aconteceu que o sogro (ou seja, o pai do seu marido) morreu, e o filho ainda não tinha se casado nem tinha ainda idade para governar.

Quem assumiu o governo, então, foi a mãe, a futura sogra de Isabel. Essa mulher não gostava de seus atos de piedade. Isabel passava longas noites em oração, fazia jejuns, ajudava os pobres de forma muito generosa, e a futura sogra começou a falar mal de Isabel, a criar todo um complô na Corte para que os dois não se casassem.

No entanto, Luís, futuro marido de Isabel, amava-a enormemente e ele, com muita consciência do dom precioso que era a sua futura esposa, um dia, diante de uma montanha, apresentou aos nobres circunstantes aquele monte e disse: “Se vocês me dessem uma montanha de ouro como esta, eu não a aceitaria em troca de Isabel, tal é o amor que eu tenho por ela”. Então, como o amor que Luiz tinha por Isabel era enorme, os dois se casaram. Nesta ocasião, Isabel tinha somente 14 anos e ele, 20; mas o casamento, embora muito feliz, foi um casamento curto, porque Isabel, logo aos 20 anos de idade, ficou viúva.

Novamente se abateu sobre ela uma nova perseguição: o seu cunhado, ao invés de reconhecer o filho dela como o sucessor, condenou Isabel a uma espécie de exílio, e ela foi embora com os seus filhos. Assim, desapropriada de seus bens, títulos e glórias, ela realizou a sua purificação final, mostrando seu despojamento, seu desapego e sua confiança em Deus. Os filhos foram cuidados por ela como jóias preciosas.

No entanto, ela vivia em verdadeira pobreza e em autêntico despojamento, até que, finalmente, ela foi restituída juntamente com os filhos num ato final de bondade da misericórdia divina. Mas a saúde de Isabel já estava prejudicada, vindo a falecer aos 24 anos de idade.

Eis a vida extraordinária de uma mulher que fez obras de caridade tremendas, agraciadas por Deus. É famosa a cena em que Isabel fora levar comida para os pobres no avental. O marido viu aquilo, e ao abordá-la, descobriu, porém, que dentro do avental havia rosas. Igualmente famosa é a cena em que ela recebeu em casa um leproso, do qual ela cuidava no leito dela e do marido, como se fosse outro Cristo. A sogra foi denunciá-la: “Veja, ela está colocando um doente na cama para que você fique doente também!”, mas, diante dos olhos do marido, o leproso se transformou no Cristo glorioso, que os abençoou. O marido compreendeu perfeitamente que aquela mulher não era uma mulher qualquer: ele estava casado com uma grande santa, verdadeiramente.

Eis aí Santa Isabel da Hungria, modelo de cristã que permaneceu fiel apesar das perseguições, apesar de um mundo de nobreza e de riqueza que não compreendia o amor a Cristo, o amor aos pobres e à devoção. Que Santa Isabel reze e interceda por nós no Céu.

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