Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 5, 33-39)
Naquele tempo, os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem”. Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão”.
Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem. Vinho novo deve ser posto em odres novos. E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo; porque diz: o velho é melhor”.
No Evangelho de hoje, Jesus está em um conflito com os mestres da Lei e os fariseus pelo fato de seus discípulos não jejuarem.
Os cristãos, nos dias de hoje, fazem jejum, abstinência e penitência. Então, o que Jesus está nos dizendo aqui? Ele primeiro coloca diante de nós uma realidade central e importante: a finalidade de nossa vida é a união com Deus, que é o Esposo de nossa alma. Logo, para chegarmos a essa união, precisamos combater a nossa infidelidade ao divino Esposo, purificando-nos e corrigindo-nos. E é exatamente na sexta-feira que os cristãos fazem penitência, recordando que Deus, na sua bondade e misericórdia, veio a este mundo, mas nós o crucificamos cruelmente.
Então, em todas sextas-feiras do ano, exceto em dia de solenidade, os católicos fazem abstinência de carne para reparar os pecados, as ofensas e os maus tratos contra Jesus. É uma forma de agradar a Nosso Senhor com atos de amor e reparação.
Nesse sentido, qual é a alma do jejum? É a mesma alma da oração: é o amor de quem quer se unir ao Esposo. Portanto, o jejum serve para nos livrar de tudo aquilo que nos atrapalha de nos unir a Jesus e também para transformar a nossa dor em gestos de amor.
Toda primeira sexta-feira do mês a Igreja recorda a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que se origina da aparição de Nosso Senhor a Santa Maria Margarida de Alacoque. Na ocasião, Jesus mostrou a essa santa o seu Coração sofrido e dilacerado por tantas ofensas, sobretudo, pela ingratidão; afinal, Ele nos amou até o extremo, e nós, com indiferença, sequer nos recordamos desse amor.
Por isso, lembremos: toda sexta-feira do ano é dia de fazer abstinência de carne; e toda primeira sexta-feira do mês é dia de recordarmos o Sacratíssimo Coração amoroso do divino Esposo Jesus, agradando-o, reparando nossas ofensas e, principalmente, manifestando nossa gratidão Àquele que nos amou mais do que o mais devotado de todos os esposos poderia ter amado a sua esposa.
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