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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Texto do episódio
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Jesus poderia ter pecado? Trata-se de uma questão teológica tradicional e, por meio dela, é possível entender em que consiste a liberdade do homem e o seu livre arbítrio. Já no início é preciso responder que NÃO, Jesus não podia ter pecado. Jesus era verdadeira homem e verdadeiramente Deus, duas NATUREZAS, mas uma só PESSOA divina. A natureza humana de Jesus, verdadeira, perfeita, igual ao homem em tudo era a natureza humana de uma pessoa divina.

Dentro do universo das possibilidades de Deus não existe o pecado, assim, não é possível que Deus peque, no entanto, apesar de não ser possível, Deus é absoluta e totalmente livre. O homem, por sua vez, crê que a liberdade é a faculdade de desobedecer, porém, Santo Agostinho nos recorda que só existe verdadeira liberdade para se fazer o bem. Como explicar?

A capacidade do homem em proceder escolhas é chamada tecnicamente de livre arbítrio. Ao escolher livremente o pecado, o homem perde a liberdade, pois o pecado gera a escravidão. É somente quando ele usa o livre-arbítrio para obedecer a Deus é que se gera a liberdade. A virtude não vicia, não escraviza.

A liberdade de Deus se caracteriza pela perfeita harmonia e consonância com a sua própria natureza, inimaginável pelo homem. Jesus, embora fosse uma pessoa divina, era perfeitamente Deus e perfeitamente homem, dotado de liberdade e vontade humanas.

E foi justamente a vontade humana de Jesus que lutou para obedecer a Deus no Horto das Oliveiras e para vencer a tentação no deserto. Jesus foi tentado por nós, como citado na Carta aos Hebreus, cap. 4, vers. 15. Ora, se Jesus foi tentado realmente, como dizer que ele não podia pecar?

A resposta para esta questão está dentro de cada um. Existem atos pecaminosos tão extremos que, por causa da pessoa que se é, jamais seria possível cometê-los, no entanto, a pessoa permanece livre. Da mesma forma Jesus, por causa da pessoa que ele era, era impossível que tivesse cometido qualquer pecado, porém, ele permaneceu livre. É por isso que a Carta aos Hebreus continua: "foi provado em tudo, como nós, com exceção o pecado.".

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