Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 14, 21-26)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
No Evangelho de hoje, São Judas Tadeu pergunta a Jesus na Última Ceia como é possível que Ele se manifestará aos seus discípulos e não ao mundo. Então, Nosso Senhor responde falando sobre o mistério da inabitação trinitária.
Em primeiro lugar, Deus pode agir em todas as pessoas, inclusive no mais duro e pecador dos corações. Ele convida a humanidade inteira, o tempo todo, a se converter e a amá-lo de volta. Até mesmo o coração de um Hitler recebe de Deus as graças suficientes para a sua conversão. No entanto, a voz de Deus é suave demais para os corações que vivem no barulho deste mundo, e muitas vezes não conseguimos ouvir o apelo do Senhor e prestar atenção no que Ele quer nos dizer. Mas o que grita dentro de nós são, sobretudo, as nossas emoções e, se estamos apaixonados pelo mundo e pelo pecado, nunca escutaremos Deus nos dizendo, num doce sussurro: “Eu te amo. E você? Não vai se voltar para mim e me amar de volta?”.
Então, uma vez que a pessoa mundana se converte e ouve a voz de Deus, batizando-se, confessando-se e observando fielmente os Mandamentos de Deus, ela finalmente poderá dar passos firmes, de tal forma que, na sua oração, Deus irá iluminar sua alma e revelar-se em graças atuais. “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14, 23) . Eis o mistério da inabitação trinitária: ao estarmos na amizade com Cristo Ressuscitado, Ele envia pela graça santificante o Espírito Santo, que explica tudo aquilo que Jesus nos ensinou e se faz presente em nosso coração, causando assim a presença da Trindade, do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Contudo, mais importante ainda do que compreendermos essa realidade teológica é saber que devemos, para que a inabitação aconteça, observar os Mandamentos de Cristo e estar em estado de graça, a qual é essencial para que ocorra a presença de amizade da Trindade em nossos corações. Até o mais empedernido dos pecadores tem Deus no coração, mas não como amigo. Mesmo assim, Ele continua ali, com uma fraca luz que poderá se tornar uma grande graça se o pecador escutar essa voz interior e mudar de vida.
Portanto, estejamos sempre em estado de graça, ficando bem longe do pecado, confessando-nos com frequência e, através da vida de oração e, principalmente, da comunhão, escutemos o Cristo, que fala e se revela cada vez mais como nosso mais sublime e perfeito amigo.
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As palavras de Deus que chegam a nós através do Padre Paulo Ricardo aumentam nossa Fé em Nosso Senhor Jesus Cristo.
Olhando a realidade da nossa vida, neste Mundo da Queda: a cada segundo de nossa vida, somos convidados a praticar o Bem, ou o Mal! Temos o livre-arbítrio! Escolhamos o Bem!
Eis o mistério da inabitação trinitária: ao estarmos na amizade com Cristo Ressuscitado, Ele envia pela graça santificante o Espírito Santo, que explica tudo aquilo que Jesus nos ensinou e se faz presente em nosso coração, causando assim a presença da Trindade, do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
É ótimo ter o texto da homilia aqui. A gente consegue refletir melhor.
Maravilhosa reflexão.
Amém!
Ouça e abra o teu coração para o Ressuscitado e a Trindade habitará nele.