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Novo lançamento! Homilias para a Quaresma e a Páscoa

O desafio de construir nossa vida sobre a rocha

No sermão da montanha, Jesus nos apresenta o projeto de como deve ser um cristão: forte, paciente, resignado, alegre e disposto a carregar a cruz dia após dia. Mas como não ceder, sem a ajuda da graça, sob o fardo de tão alta vocação?

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 7, 21.24-27)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”

No Evangelho de hoje, Jesus faz a conclusão do seu famoso Sermão da Montanha, dizendo que, se nós não colocarmos em prática as suas palavras, estaremos construindo a casa em cima da areia, e não da rocha firme. 

Se observarmos o Sermão da Montanha, veremos que ele é um tanto desconcertante. Certamente, é belíssimo o que está ali; mas se experimentamos colocá-lo em prática, percebemos: é algo desafiador, e parece que Jesus, ao invés de trazer uma boa notícia, traz uma ruim. Moisés nos deu os Dez Mandamentos, e já vemos como é difícil para algumas pessoas cumpri-los; agora, Jesus vem com a exigência de verdadeiramente termos um coração como o dele, como foi dito no início do Sermão da Montanha, “bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”, e assim por diante, até finalmente Nosso Senhor dizer: “Bem-aventurados quando fordes perseguidos; exultai de alegria!”

No entanto, como é possível viver tantas misérias elencadas no Sermão da Montanha, e ainda exultar de alegria sem se sentir esmagado por elas? O Sermão da Montanha não é uma nova lei, como se Jesus tirasse o fardo antigo e colocasse um novo. É o contrário: Cristo mostra ali o seu Coração e o que Ele deseja fazer com o nosso — transformá-lo através da graça. Basta olhar para a vida dos santos. Quem de nós já não se sentiu chocado com as grandes e extraordinárias ações da vida dos santos? Achamos até impossível uma pessoa conseguir realizar tais feitos; contudo, os santos fizeram tudo aquilo por causa de Jesus. 

Estamos no tempo do Advento, um período em que Cristo vem ao nosso coração com o intuito de nos tornar capazes de construir nossa casa sobre a rocha firme. Na vida dos grandes santos, enxergamos a obra acabada do Cristo, a maravilha que Ele quer fazer em nós. Portanto, neste tempo do Advento, devemos nos sentir interpelados por essa necessidade de mudança interior para, então, abrirmos as portas do coração ao Cristo que vem transformá-lo. 

Precisamos olhar o nosso coração miserável, pecador e egoísta, colocando-o diante de Cristo e dizendo: “Senhor, transformai-me como transformastes os grandes santos, para que eu possa viver as bem-aventuranças; viver o Sermão da Montanha; viver aquilo que os santos viveram”. Jesus quer vir para fazer isso em nós, e esse projeto não é algo que devamos realizar somente no tempo do Advento, mas sempre. Nosso Senhor vem nos mudar; por isso, coloquemo-nos à sua disposição, a fim de que Ele edifique a casa que nós não damos conta de construir.

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LR
Lohanna Reis
6 Dez 2024

"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus"

Essa frase é uma das Bem-aventuranças do Sermão da Montanha, ensinadas por Jesus e registradas em Mateus 5:3. Para entender o significado dela, precisamos olhar para o contexto espiritual e cultural da época.

"Bem-aventurados"

O termo significa "felizes" ou "abençoados". Jesus está apresentando um padrão de felicidade que transcende as circunstâncias materiais e humanas, voltando-se para uma felicidade espiritual e eterna.

"Os pobres de espírito"

  1. Não se refere à pobreza material ou à falta de inteligência, mas à humildade espiritual.
  2. "Pobres de espírito" são aqueles que reconhecem sua dependência de Deus e sabem que, por si mesmos, não têm nada a oferecer espiritualmente.
  3. É uma atitude de coração humilde, contrária ao orgulho, que reconhece sua própria limitação, pecado e necessidade da graça divina.

"Porque deles é o Reino dos Céus"

  1. Jesus promete que essas pessoas humildes e dependentes de Deus são as verdadeiras herdeiras do Reino de Deus.
  2. O Reino dos Céus, aqui, representa não apenas a vida eterna, mas também a experiência da presença de Deus em suas vidas agora.


Resumindo:

Essa bem-aventurança ensina que a verdadeira felicidade e bênção vêm de um coração humilde, que não se apoia no próprio mérito, mas reconhece que tudo vem de Deus. É uma postura de entrega e confiança total n’Ele, abrindo caminho para viver em comunhão com De

Responder
RC
Robson Cola
6 Dez 2024

Vejam a história dos Santos e Santos que entregaram suas vidas por não renunciarem à sua verdadeira Fé! E também o exemplo dos mártires do Coliseu! Durante a perseguição do Império Romano pagão aos seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo! A fé desses nobres estava construída sobre rocha!

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ÁL
Álerson Lima
5 Dez 2024

Amém!

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TM
Tania Mazzali
5 Dez 2024
(Editado)

Essa casa tão difícil de se construir só pela ação do Espírito Santo em mim ,eu quero Senhor ser uma mulher nova para realizar Sua Vontade  em mim

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GF
Geraldo Filho
5 Dez 2024

Cristo é a Rocha.  Alicerce-se n'Ele!...e só n'Ele.

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DC
Davi Cicero
5 Dez 2024

Linda homilia 🙏

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LF
Luiz Ferraz
5 Dez 2024

🙏🏼

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