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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 11, 42-46)

Naquele tempo, disse o Senhor: “Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo. Ai de vós, fariseus, porque gostais do lugar de honra nas sinagogas, e de serdes cumprimentados nas praças públicas. Ai de vós, porque sois como túmulos que não se veem, sobre os quais os homens andam sem saber”.

Um mestre da Lei tomou a palavra e disse: “Mestre, falando assim, insulta-nos também a nós!” Jesus respondeu: “Ai de vós também, mestres da Lei, porque colocais sobre os homens cargas insuportáveis, e vós mesmos não tocais nessas cargas, nem com um só dedo”.

Com grande alegria recordamos hoje a última aparição de Nossa Senhora em Fátima, no dia 13 de outubro de 1917. E neste ano de São José, recordamos que, justamente nessa mesma aparição, São José apareceu com o Menino Jesus para abençoar o mundo.

Vamos recordar esses fatos, aproveitando que hoje é quarta-feira, dia da semana dedicado ao Patriarca da Sagrada Família, para entender que lições nos veio dar a Virgem Maria. Abordemos primeiro os fatos acontecidos: Nossa Senhora apareceu a três pastorinhos, em Fátima, na Cova da Iria, num lugarzinho bem ermo, escondido das grandes cidades, e apareceu àquelas três criancinhas analfabetas, no dia 13 de maio, pedindo que elas viessem ali todos os meses, durante seis meses, e disse que na última aparição iria dar um sinal para confirmar tudo o que estava dizendo.

Na última aparição, estavam presentes cerca de 70 mil pessoas, era um dia bastante chuvoso, e as pessoas encontravam-se no meio da lama, todas molhadas. Ao redor das crianças, todos estavam preocupados, porque, se não acontecesse o milagre que Nossa Senhora havia prometido, os pastorinhos poderiam ser alvo de violência. No entanto, a Santíssima Virgem foi fidelíssima, apareceu às crianças, e, no final da aparição, as pessoas começaram a ver um fenômeno no Sol. Esse fenômeno não foi uma alucinação coletiva, porque outras pessoas que não estavam entre a multidão viram esse fenômeno à distância: pessoas na cidade do Porto, por exemplo. Também estavam presentes, durante o milagre do Sol, pessoas contrárias à Igreja e que a perseguiam; havia repórteres e jornalistas prontos para escrever, depois, um artigo desmascarando a farsa das aparições de Fátima. No entanto, o milagre foi incontestável, e tão numerosas foram as testemunhas que os próprios jornais liberais, anticatólicos e maçônicos, tiveram de relatar: “O Sol dançou em Fátima”. Depois dessas manifestações no Sol — que começou a mudar de cor, dando a impressão de que estava girando sobre o seu eixo e se precipitando sobre a Terra —, as pessoas se surpreenderam ao ver as suas próprias roupas secas e vários milagres acontecendo, como a cura de doentes etc.

Esses foram os fatos ocorridos no dia 13 de outubro de 1917. Além disso, porém, as três crianças tiveram uma visão de Nossa Senhora, que lhes pedia verdadeiramente que ouvissem os seus apelos de Mãe, para que fizessem penitência pela conversão dos pecadores. Nossa Senhora então apareceu com São José e o Menino Jesus para abençoar o mundo.

Se nós reunirmos todas as mensagens que a Santíssima Virgem nos deu em Fátima — são mensagens muito ricas e que possibilitam uma frutuosa meditação, como pode ser visto em nosso curso A Mensagem de Fátima —, conseguimos destacar estes pontos essenciais: Maria apareceu em Fátima durante a 1.ª Guerra Mundial, prevendo que a humanidade estava no caminho do desastre; então, ela pediu conversão, penitência e que nós rezássemos o Terço; pediu também a consagração da Rússia, para que este país não espalhasse seus erros pelo mundo.

Passados 104 anos desses acontecimentos, não é preciso dizer que poucos põem em prática o que Nossa Senhora pediu. A controversa consagração da Rússia — se aconteceu ou não — é uma coisa que compete ao Papa, pois foi a ele que a Santíssima Virgem a pediu. A nós, o que Nossa Senhora pediu foi que nos convertêssemos, rezássemos o Terço todos os dias e praticássemos a devoção dos primeiros sábados. Ou seja, ela nos pediu muitas coisas que estão ao nosso alcance e que, no entanto, muitas pessoas não estão fazendo.

Neste ano dedicado a São José, vamos pedir ao nosso santo Patriarca — que apareceu no dia 13 de outubro de 1917 para abençoar o mundo — que, do Céu, mais uma vez erga a sua mão para nos abençoar e tocar o nosso coração, a fim de que nós, finalmente, consigamos realizar o que a sua esposa bendita, a Virgem Santíssima, nos pediu: rezar o Terço; buscar a própria conversão; fazer penitência; rezar pelo Santo Padre e pelos pecadores; realizar Comunhões reparadoras nos cinco primeiros sábados, pelas ofensas realizadas contra o seu Imaculado Coração e o Coração Eucarístico de Nosso Senhor. Vamos finalmente ouvir os apelos de nossa Mãe, ou continuaremos a fazer ouvidos moucos para o que ela revelou em Fátima?

É o ano de São José. Ninguém foi mais devoto de Maria do que ele, ninguém ouviu mais atenta e devotamente Nossa Senhora do que ele. Então, que o Santo Anjo do Senhor venha em nossos corações e diga, como disse a São José: “Não tenhas medo de receber Maria”. Meu querido irmão, minha querida irmã, não tenha medo de receber a mensagem de Nossa Senhora em Fátima. Ela previu toda a história dos séculos XX e XXI e, como Mãe bondosa, nos preparou para esses momentos, para esses tempos difíceis que estamos vivendo — difíceis justamente porque não temos ouvido os seus pedidos, os seus apelos maternos. 

Nunca é tarde, porém, para voltarmos atrás, ouvirmos nossa Mãe e atendermos aos seus apelos. Usando o Santo Rosário como nossa arma de proteção, com confiança, procuremos refúgio no Imaculado Coração de Maria. Que as evidências claríssimas da sobrenaturalidade da aparição de Fátima, dobrem a nossa incredulidade para que, finalmente, dobremos o nosso coração aos apelos de Nossa Senhora.

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