Começando pela heresia donatista, desde cedo a Igreja teve enfrentar dificuldades acerca da validade dos sacramentos. Os donatistas acreditavam que a validade do sacramento dependia da dignidade de quem o ministrava. Os sacramentos devem ser administrados por seres humanos e para seres humanos, pessoas normais que querem se santificar.
Para a validade dos sacramentos a Igreja Católica diz que é preciso existir a matéria, forma, ministro e a intenção do ministro:
- A matéria: no caso do batismo é a água, na confirmação é o óleo do crisma e assim por diante;
- A forma ou fórmula: são as palavras proferidas;
- O ministro: um ministro validamente ordenado; existem situações em que o ministro não necessariamente precisa ser sacerdote para a validade do sacramento, como no caso do batismo.
- Intenção do ministro: que é a vontade do ministro em repetir naquele momento o que a Igreja sempre fez.
A dificuldade com algumas igrejas ortodoxas reside na intenção. Deve haver uma intenção mínima, pois, os sacramentos destinam-se às pessoas comuns que querem se santificar. Se necessário fosse que os ministros tivessem um grande conhecimento doutrinal seria quase impossível subsistir. Os hereges donatistas queriam colocar tantos obstáculos para validar os sacramentos que houve o medo de se colocar em risco, inclusive, a sucessão apostólica.
Os ortodoxos, ao colocarem tantas condições para a validade dos sacramentos, não estariam colocando em risco a validade dos próprios sacramentos?
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