Vimos na aula passada que não é possível ser católico e ao mesmo tempo acompanhar a opinião de teólogos de linha mais liberal que dizem não existir os demônios. Vimos que é uma posição completamente infundada; vimos que é dogma de fé a existência dessas criaturas. Aliás, vimos ainda que a interpretação do Evangelho ficaria de cabeça para baixo se desconsiderássemos a luta de Jesus contra o diabo como um dos aspectos essenciais de seu ministério.
Para darmos um passo adiante, falaremos agora sobre a Providência divina, seguindo o roteiro sugerido nas Diretrizes para o Ministério do Exorcismo à Luz do Ritual Vigente, obra cujo primeiro capítulo trata justamente dessa temática.
Falar da Providência exige também falar da Criação, pois são ações divinas fundamentalmente interligadas: uma é o passado e a outra o futuro. Deus nos criou e na sua criação vigoram leis internas, inerentes ao próprio ser; é o que chamamos de lei natural.
Suponha-se um copo. Quem fez o copo o pensou como um objeto capaz de conter líquidos e que as pessoas possam facilmente manejar para beber de seu conteúdo. Essa é a finalidade de um copo. Se, por acaso, esse copo ficasse...