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Introdução ao Método Teológico

Duns Escoto e Guilherme de Ockham

O método teológico se desenvolveu ao longo da história e grandes teólogos contribuíram para o seu aperfeiçoamento. Nas aulas passadas foram citados Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, dois grandes luminares do pensamento teológico latino: para ambos, há uma necessária e imprescindível relação entre vida e pensamento. Infelizmente, houve uma ruptura entre essas realidades e as consequências disso foram terríveis. É o que estudaremos na aula de hoje.

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30. Recapitulação. — Estudamos na última aula as retificações que Santo Tomás de Aquino fez no pensamento agostiniano a respeito dos papéis exercidos quer pela graça divina, quer pela vontade e inteligência humanas no ato de fé. Vimos também que é na esteira de Santo Anselmo que pôde o Aquinate vislumbrar a razão como núcleo do actus fidei e a possibilidade de o homem ascender às realidades divinas por meio da analogia.

É, porém, com o declínio da escolástica do século XIV que a teologia, pela pena subtil do doutor franciscano João Duns Escoto, começa a afastar-se a pouco e pouco do espírito anselmiano da «fé em busca da inteligência», que até então alentara e balizara o trabalho especulativo da cristandade medieval. A ruptura se tornará manifesta quando Guilherme de Ockham enfim proclamar o divórcio entre razão e fé, inteligência e vontade. Rompido, assim, o equilíbrio entre a natureza e a graça, os esforços por encontrar os nexos entre o criado e o divino, por desvelar os vestígios simbólicos da Trindade no cosmos se reduzirão às ciências físicas e matemáticas, o mundo espiritual será abandonado, a filosofia começará a degenerar-se em criticismo e a teologia, em...

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