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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Engenharia da Santidade II

Pobreza

A pobreza espiritual de Nosso Senhor Jesus Cristo consiste num desapego muito firme de todas as vontades próprias para que, no fim, reste no coração apenas a vontade de Deus. Essa pobreza possui, em razão disso, uma alma esperançosa, porque tudo espera do seu Salvador.

Nesta décima pregação de nosso retiro, Padre Paulo Ricardo faz uma distinção entre a pobreza material e aquilo que é a verdadeira pobreza cristã, cujos efeitos sobre a alma e a memória são de esperança pelo encontro com o Amado.

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Os conselhos evangélicos não são estritamente necessários para a salvação eterna. Todavia, eles fazem parte da engenharia da santidade como práticas de ascese, recomendadas por Nosso Senhor. Quem não os pratica em espírito, deverá passar pelo fogo do purgatório antes de entrar no Céu.

A pobreza é o início de tudo. “Vai e vende tudo” (Mt 19, 20). Esse é o conselho que Jesus dá ao jovem rico, convidando-o a seguir o caminho que Ele mesmo, o filho de Deus, também trilhava. Cristo encarnou-se como pobre e passou toda a sua vida como um simples galileu para, mais tarde, iniciar sua pregação com este elogio: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5, 3).

Na salmodia das Primeiras Vésperas de Domingo, religiosos e sacerdotes meditam sobre a kenosis de Jesus: “Embora fosse de divina condição, Cristo Jesus não se apegou ciosamente a ser igual em natureza a Deus Pai” (Fl 2, 6). Inspirada por esse testemunho sublime, Santa Teresa não deixava de cantar as glórias de uma vida desapegada, que nos abre as portas ao Céu: “La pobreza es el camino, / El mismo por donde vino / Nuestro Emperador del cielo / Monjas del Carmelo - A pobreza é a estrada...

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