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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Engenharia da Santidade II

Natureza da meditação

Muito diferente da espiritualidade quietista, a oração cristã supõe, para além de uma paz sonolenta na frente do sacrário, uma atividade bem ativa da inteligência e da vontade, em busca do ouro que se esconde atrás das “superfícies prateadas” dos dogmas. A alma precisa colocar-se à escuta do Espírito Santo, a fim de que Ele mesmo lhe aponte o caminho para o encontro pessoal com Deus.

Nesta quinta pregação de nosso retiro, Padre Paulo Ricardo ensina-nos a essência da oração cristã e os passos que devemos tomar para não perseguirmos um estado “zen”, mas as verdades salvíficas de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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Vamos fazer agora um breve resumo de tudo quanto já vimos para enxergarmos como cada peça se encaixa e tem coerência no edifício da vida espiritual. Esse passo é necessário antes de avançarmos para o próximo tema. Recordemos, pois, que o ser humano possui, como diz São Paulo, um “corpo”, uma “alma” e um “espírito”. Em outras palavras, nós somos corpo e alma, mas não só, pois todos nós temos no centro de nossas almas o “espírito”, que é como que o “lugar” onde Deus age com sua graça. Naqueles que vivem em pecado mortal, há a graça suficiente que os convida à conversão; enquanto que, naqueles que vivem em estado de graça, há todo um organismo sobrenatural, um tesouro inestimável que os une a Deus.

A entrada nas primeiras moradas depende da infusão da graça santificante e preservação do organismo espiritual, razão pela qual precisamos evitar a todo custo os pecados mortais, ou seja, aquelas faltas que atentam gravemente contra os Mandamentos. À pergunta do jovem rico sobre o que é necessário para entrar no Reino dos Céus, Jesus responde: “Se queres entrar na vida, observa os mandamentos” (Mt 19, 17). Não há, portanto, motivo para duvidar da extrema gravidade dos pecados...

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