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Engenharia da Santidade II

Olhando para frente: desapego das quartas moradas

Deus não fará a nossa passagem para as quartas moradas sem antes termos feito uma noite escura dos sentidos, para nos purificarmos de todas as nossas imperfeições. Com esse esforço pelo qual devemos nos entregar, sem reservas, ao Todo, chegará o dia em que Ele mesmo tomará as rédeas de nossas almas e nos defenderá contra todos os ataques do diabo, do mundo e da carne.

Nesta sétima pregação de nosso retiro, Padre Paulo Ricardo explica como nós, “pedaços de homens”, devemos entregar tudo a Deus para que Ele faça todo o resto necessário em nosso coração.

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Depois de termos conhecido as primeiras e as segundas moradas, precisamos agora avançar ao próximo aposento deste castelo interior: as terceiras moradas. Nessa fase da vida espiritual, a alma é chamada a experimentar uma grande morte e ressurreição, causada, em primeiro lugar, pelas purificações ativas, ou seja, as mortificações que a própria pessoa faz para livrar-se das imperfeições, e, depois, pela purificação passiva, que Deus aplica às almas perseverantes, a fim de levá-las à luminosidade divina das quartas moradas.

O deserto da via purgativa precisa ser vivido em espírito de oração e penitência, hábitos próprios das segundas moradas, quando as almas já se convenceram da necessidade de rezar e lutar contra os pecados mortais. A preservação do organismo espiritual depende de atos de fé cada vez mais intensos, radicados na humildade, na adoração e no encontro com a misericórdia divina, que proporcionam à alma uma refeição espiritual. Esses atos dão ao sujeito uma disposição maior, a força do Evangelho, para lutar contra as insídias do maligno, as provocações do mundo e, sobretudo, as desordens da carne. Com perseverança essa alma chega às terceiras moradas, onde...

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