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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Engenharia da Santidade II

Castidade

A guarda da castidade existe por um motivo sobrenatural: a união de amor com o Cristo casto e imaculado, pela qual são gerados filhos para a Igreja. Por isso, o celibato nada tem a ver com uma espécie de “solteirice recalcada”. O celibato é totalmente do amor, de modo que não há motivo para um padre murmurar contra o seu estado de vida se ele, mesmo sofrendo as dores afetivas, entrega toda a sua vocação ao Cristo crucificado.

Padre Paulo Ricardo mostra, nesta décima segunda pregação de nosso retiro, como a ignorância sobre as virtudes infusas prejudicou a formação de muitos católicos para o celibato e propõe, como remédio a tudo isso, o exemplo de uma castidade fecunda como a de Santa Teresinha do Menino Jesus.

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As virtudes morais adquiridas e as virtudes morais infusas são, como vimos na pregação passada, dois instrumentos distintos e, ao mesmo tempo, parceiros para a santificação da alma. De um lado, pessoas de boa vontade podem, por meio de exercícios repetitivos e constantes, adquirir um hábito virtuoso, que lhes comunique uma facilidade para resistir ao mal e fazer o bem; do outro, as pessoas batizadas, além das virtudes morais adquiridas, têm também o auxílio da graça divina e das chamadas virtudes infusas, que têm uma formalidade espiritual.

As virtudes morais infusas são acompanhadas pela graça e pela caridade. Desse modo, elas têm um objeto formal sobrenatural. Quem age pelas virtudes morais infusas não está procurando um bem perecível, mas o Sumo Bem, o amor encarnado, Nosso Senhor Jesus Cristo. Vimos isso na realidade matrimonial, pela qual homem e mulher se amam segundo o amor de Cristo pela Igreja. Do mesmo modo, essas virtudes se relacionam com os demais conselhos evangélicos, tornando-os um desejo do espírito para a união mística com Deus. São Francisco, por exemplo, viveu a pobreza de modo tão radical que, segundo Tomás de Celano, nunca houve um homem que...

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