Se fizermos uma leitura mística das Sagradas Escrituras, veremos que a história narrada no livro do Êxodo corresponde alegoricamente ao itinerário da perfeição cristã. A princípio, o texto nos fala da compaixão de Deus diante do sofrimento dos israelitas, que padeciam sob a opressão egípcia. Vemos que o Senhor não é indiferente ao seu povo, mas providencia um meio de libertá-lo. Moisés, então, é o escolhido para comparecer ao palácio do faraó e exigir dele a soltura dos filhos de Abraão.
O enfrentamento entre Moisés e o rei do Egito é dramático. A dureza do faraó leva a disputa até as últimas consequências, com a fúria do anjo exterminador — de cuja espada os israelitas são poupados pelo sangue do cordeiro — abatendo-se sobre os primogênitos de todo o Egito. É somente após esse desfecho trágico que os israelitas podem, finalmente, viver a Páscoa, ou seja, a “passagem” para a Terra Prometida, a fim de oferecer sacrifícios ao Senhor. No deserto, Moisés lhes dará os mandamentos da aliança entre Deus e os homens.
Moisés foi o enviado de Deus para libertar o povo hebreu. De imediato, não é difícil perceber o paralelo entre ele e Nosso Senhor Jesus Cristo, cuja...