CNP
Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
Todos os direitos reservados a padrepauloricardo.org®

Aproveite a maior promoção do ano!

Descontos regressivos:
quanto antes você assinar, maior o desconto. A partir de 45% na assinatura anual.

  • Descontos diminuem com o tempo;
  • Quanto antes você assinar, maior o desconto;
  • 50 cursos à sua disposição;
  • Biblioteca de livros digitais para complementar seus estudos;
  • Acesso a transmissões exclusivas para alunos;
  • Participação no programa Studiositas;
  • Condição especial na compra dos livros da Editora Padre Pio;
Assine agora
  • 38
  • 39
  • 40
  • 41
  • 42
  • 43
Texto do episódio
01

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

(Jo 1,29-34)

No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”.
E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”

No Evangelho de hoje, vemos o testemunho de São João Batista sobre Cristo com aquela frase que estamos acostumados a ouvir em todas as Missas: “Eis o Cordeiro de Deus”.

João Batista sabia desde o início quem era Jesus. Isso fica muito claro no evangelho de São João, onde se lê: “Aquele que me enviou”, ou seja, o próprio Deus, “isso me revelou”. Logo, João Batista sabia desde o início que Jesus era o Filho de Deus e que, após o batismo no Jordão, Ele se manifestaria ao povo de Israel.

Sim, alguns estudiosos modernos rejeitam esta tese, porque parece, nos evangelhos sinóticos, que São João Batista “vacila” ao mandar seus discípulos perguntarem se Jesus é, de fato, o Messias, como se o Batista não soubesse a resposta.

No entanto, a Tradição da Igreja interpreta este Evangelho da seguinte maneira: João Batista sabia perfeitamente quem era Jesus e enviou os discípulos para que estes reconhecessem em Jesus o Messias prometido.

João Batista devia diminuir, Cristo crescer e os discípulos do primeiro passar para o segundo. Seja como for, o fato é que a Igreja sempre interpretou o batismo de Jesus como uma manifestação, e é exatamente por causa deste Evangelho que nós proclamamos hoje: pelo batismo de João, Cristo se manifestou.

Assim este evangelho adquire todo sentido nesta fase do tempo litúrgico de preparação para a Epifania do Senhor, ou seja, a sua manifestação.

São três as grandes manifestações que se celebram na Epifania: a manifestação por meio da estrela aos reis magos, a manifestação no batismo e a manifestação nas bodas de Caná, onde acontece a transformação de água em vinho. Precisamos entender que Cristo é a luz que nos ilumina e vem para se manifestar.

Nesse contexto, hoje também se celebra a memória facultativa do Santíssimo Nome de Jesus. Que esse nome seja manifestado e exaltado! Que no nome de Jesus a glória de Deus se manifeste!

Eis aí, nós não podemos nos cansar de ter esse nome nos lábios nem de manifestar a sua graça, a sua verdade, a nossa gratidão e o nosso amor a Cristo. Esse nome deve estar sempre no nosso coração e frequentemente nos nossos lábios.

Mas para quê? Para que se manifeste a glória de Deus. Sejamos bem práticos aqui: como podemos fazer o nome Cristo manifestar-se e ser glorificado pelas pessoas?

Na prática, as coisas acontecem assim: quando damos o nosso testemunho da grandeza de Deus e de tudo o que Cristo fez por nós quando transmitimos às pessoas a nossa fé, as pessoas começam interiormente a receber Cristo, a receber a verdade que é esta luz interior.

É evidente que essa luz começa, sim, a brilhar, e por isso precisamos dar graças por essa manifestação da glória de Deus dentro de nós.

Invoquemos hoje o santo nome de Jesus e peçamos a Ele que aumente a nossa fé e, com isso, também nos dê a graça e a capacidade de manifestar esta fé transmitindo-a aos outros, para que todos, absolutamente todos, se dobrem ao som do nome de Jesus.

Que o céu, a terra e os abismos se dobrem para a glória de Deus Pai!

* * *

Diante das turbas (v. 29-34). — V. 29. No dia seguinte (àquele em que falara aos emissários do Sinédrio), viu João a Jesus vir até ele, não para se fazer batizar, mas para dele receber novo testemunho, e disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus, eis aqui o que tira o pecado do mundo, i.e., os pecados de todo e qualquer gênero (= o que quer que tenha razão de pecado). Acertavam os judeus em crer que o Messias poria fim ao pecado, mas erravam pensando que para isso daria cabo dos pecadores. Outro é o sentido das palavras do Batista: a missão de Jesus será destruir os pecados, não os pecadores.

Por que Cristo é chamado de cordeiro? Dão os autores antigos três razões principais: a) porque nele se cumpriu o vaticínio de Is 53,7: Ele será levado como uma ovelha ao matadouro, e como um cordeiro diante do que o tosquia emudecerá (cf. Jr 11,19); b) em razão dos sacrifícios antigos, e em particular do sacrifício perpétuo no qual um cordeiro era imolado, e da ceia pascal, como se fora dito: “Este é o verdadeiro Cordeiro, que supre a insuficiência e ineficácia das antigas vítimas, e verdadeiramente apaga os pecados dos homens”; c) em razão de sua inocência e pureza, como em 1Pd 1,19: Pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado.

Quanto ao termo (implícito) de comparação na mente do Batista, divergem os comentadores. — 1) A maioria (os Padres a uma só voz, e todos os católicos até hoje) vê assinaladas a noção de sacrifício e, por meio dele, a destruição dos pecados: o Messias, como o cordeiro pascal (cf. Ex 12,7ss), ou como o cordeiro do sacrifício perpétuo, ou como o cordeiro de que se fala em Is 53,7, há de tirar por sua morte os delitos dos povos. — 2) Mas objetam outros que (a) a imolação do cordeiro, fosse o pascal, fosse o do sacrifício perpétuo, não era de índole expiatória. Além disso, perguntam-se (b) como teria o Batista chegado a atinar o que nem aos Apóstolos, até às vésperas da Paixão, fora dado entender, e (c) de que valeria aos ouvintes tal noção, totalmente contrária às concepções da época. Por fim, sustentam que (d) Is 53,7 não fala da destruição dos pecados, mas de uma tolerância extraordinária à dor e à morte. Por isso julgam que a metáfora se funda nas qualidades de pureza e inocência. Com efeito, o cordeiro foi desde sempre considerado um símbolo de inocência. Jesus recebeu um batismo de penitência como se fora pecador, mas era inocente como um cordeiro, tanto que não só não “fez pecado nenhum, mas veio tirar o pecado” (Santo Tomás de Aquino, Super Ioh., c. 1, l. 14). — Αἴρειν = auferir, tolher etc.

V. 30–34. João Batista resume o que veremos em detalhe na festa do Batismo do Senhor. Aqui porém acrescenta (v. 31) a finalidade de seu ministério: para ele (o Messias) ser conhecido em Israel (gr. ἵνα φανερωθῇ τῷ Ἰσραὴλ = para que ele se manifeste [apareça, se revele etc.] a Israel); o Precursor, portanto, atribui-se a si mesmo a missão de Elias, a quem, segundo a tradição judaica, caberia dar a conhecer o Messias ao povo (cf. São Justino, Trpyh. 49, 110, 8). Que o Batista o tenha realmente cumprido, atesta-o o evangelista (v. 32ss) com seu próprio testemunho: Eu o vi etc.

O que achou desse conteúdo?

Mais recentes
Mais antigos
Texto do episódio
Comentários dos alunos