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A necessidade de purificar nossas intenções

“Quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna.”

Texto do episódio
359

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos 
(Mc 10, 28-31)

Naquele tempo, começou Pedro a dizer a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna.

Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros”.

No Evangelho de ontem, Jesus falava da dificuldade de um rico entrar no Reino dos céus, e hoje vemos a resposta dos Apóstolos em relação a isso.

São Pedro, alegremente, recorda: “Senhor, nós deixamos tudo para te seguir”. Santo Tomás, contudo, lembra que deixar tudo não torna uma pessoa perfeita. Obviamente, o desapego é importante, mas o que faz alguém perfeito é esse abandono de todas as coisas por amor a Jesus.

As pessoas, muitas vezes, erram com relação à vida espiritual, porque não compreendem que não basta somente fazerem um ato virtuoso, mas é preciso que o motivo pelo qual elas o estão realizando seja correto. Dar esmola a um pobre e fazer jejum são ações que podem ser virtuosas, mas somente se tiverem uma reta intenção. Se agimos por vaidade e não por amor a Deus, nossa intenção é perversa e, com isso, acabamos envenenando todos os outros atos que dela derivam. 

Por isso, Jesus dirigiu palavras duras aos fariseus, que faziam atos de justiça, mas com intenções más, que eram de autojustificação, ou seja, eles se colocavam no lugar de Deus e se faziam salvadores de si mesmos.

Portanto, precisamos nos atentar todos os dias para duas coisas importantíssimas: a necessidade de realizar todos os nossos atos por amor a Deus e a importância de purificar nossas intenções passando por humilhações, para que realmente as nossas ações de doação e de entrega nos coloquem no caminho correto, que é o de Cristo.

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