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Texto do episódio
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Muitos acusam o Padre Paulo Ricardo de fazer “lavagem cerebral” em seus alunos. O que explica a eficácia do seu ministério, porém, não é a força da eloquência, nem qualquer sistema de adestramento. A única coisa que esse sacerdote faz, seja aqui no site, seja em qualquer outro apostolado, é ensinar as pessoas a como descobrir a verdade. E quando uma pessoa descobre a verdade, ela se torna imune a qualquer ideologia, por mais sedutora que possa parecer.

A verdade é o motor da alma humana. Entendamos bem: para que uma xícara seja movida, ela precisa sofrer uma “violência” externa. Nenhum objeto inanimado consegue mudar de lugar sozinho, pois não possui um organismo próprio para essa atividade. A alma humana, por outro lado, move-se por atração. O seu organismo espiritual é atraído pelo Sumo Bem, pela Verdade, de modo que Deus a estimula através da sua graça. Ele não nos faz violência; ao contrário, atrai-nos com Seu amor até nos unirmos totalmente ao Corpo Místico de Cristo.

Também o corpo humano sofre atrações. O organismo animal é movido pelos prazeres carnais, pelos instintos: fome, raiva, medo, alegria etc. Para domesticar um cachorro, um adestrador usa o sistema de recompensas, dando pequenos “prêmios” ao animal conforme ele cumpre as ordens do dono: um osso para a patinha levantada, uma ração para se fingir de morto e assim por diante. Em caso de desobediência, o cachorro é punido.

O grande problema dos sistemas universitários, hoje, é que eles já não movem os estudantes pela verdade, nem sequer os ensina a procurá-la. As academias de todos os lugares, com raríssimas exceções, tratam os alunos como animais domésticos. Se os alunos concordam com a ideologia do professor — se aprovam o “casamento” gay, por exemplo —, recebem toda sorte de elogios, notas e bajulações. Mas se ousam reprovar tal pensamento, eles devem também estar preparados para a humilhação pública, sobretudo se inocentemente usarem argumentos religiosos para sustentarem suas ideias.

O dever de um professor, de um verdadeiro mestre, é instruir seus alunos na arte da meditação, pois é assim que se chega à verdade das coisas. Os professores da Alta Idade Média tinham isso muito em conta, quando fundaram as escolas monásticas. Vejamos, então, algumas lições do eminente teólogo medievo Hugo de São Vítor, que, dentre tantas obras, escreveu um opúsculo justamente sobre o método de estudo.

Para Hugo de São Vítor, o primeiro passo da meditação é a humildade. O estudante nunca pode se achar conhecedor de todas as coisas, nem deve desprezar ciência alguma, procurando aprender de qualquer um, seja grande ou pequeno. O mesmo teólogo ainda adverte: “Nunca presuma de sua ciência; não queira parecer douto, mas sê-lo; busque os ditos dos sábios, e procure ardentemente ter sempre os seus vultos diante dos olhos da mente, como um espelho.”

O segundo passo de Hugo de São Vítor diz respeito à leitura assídua e ao estudo. O estudante precisa aprender a sintetizar os conhecimentos adquiridos por meio dos livros, memorizá-los e depois meditá-los com profundidade, a fim de conhecê-los na essência. Essa memorização, porém, nada tem a ver com “decorar palavras”, mas em conhecer a verdade do ser. Se após uma leitura, o estudante não conseguir transmitir um resumo sobre aquele texto, isso significa que não houve leitura verdadeira.

A memorização, todavia, ainda não é o aprendizado propriamente dito. Trata-se apenas de uma coleção de informações, sobre as quais se poderá meditar mais tarde. Essa é, aliás, a “dialética” tradicional, por assim dizer: o estudante coleciona verdades para depois uni-las em uma grande verdade. Notem que isso é bem diferente da crítica destrutiva do sistema hegeliano e marxista. A verdade vem pela soma, não pela divisão. Meditando sobre essas coleções de verdades, o estudante alcança um nível mais alto de abstração, cujo limite máximo é a contemplação, objetivo de todo estudo. Essa contemplação não é a contemplação mística, mas o conhecimento natural da verdade.

Hugo de São Vítor explica assim:

A meditação é, portanto, um certo vagar curioso da mente, um investigar sagaz do obscuro, um desatar do que é intrincado. A contemplação é aquela vivacidade da inteligência que, possuindo todas as coisas, as abarca em uma visão plenamente manifesta, e isto de tal maneira que aquilo que a meditação busca, a contemplação possui.

Finalmente, o próximo passo do estudante é a aquisição de eloquência para transmitir o que aprendeu, pois é dever do sábio, afirma Hugo de São Vítor, ser “defensor da reta fé, debelador do erro, e ensinar o bem”. São exatamente essas coisas que Padre Paulo Ricardo ensina aqui no site. Como verdadeira família, este apostolado se propõe a buscar e transmitir o bem autêntico para as pessoas, atraindo-as para longe das ideologias e dos vícios. E isso não é “lavagem cerebral”, mas uma missão de caridade, à qual todos os sábios cristãos são chamados.

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