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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João 
(Jo 17, 11b-19)

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e rezou, dizendo: “Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu os guardei e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura.

Agora, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo.

Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade”.

No Evangelho de hoje, Jesus, em sua oração sacerdotal na Última Ceia, pede para o Pai santificar os seus discípulos, mas dizendo também que Ele se santificou. Como Jesus, que é Deus, pode se santificar? 

Na realidade, precisamos recordar que Jesus tem duas naturezas: a humana e a divina. A humana, exatamente por ter sido assumida por uma Pessoa divina, foi santificada. Contudo, a santificação da humanidade de Cristo não é qualquer uma; ela é transbordante, por causa da união do ser humano com a natureza divina.

Devemos ter em mente que nós somos santificados não apenas por Deus, mas também pela humanidade de Cristo, que é responsável por nos dar todas as graças e bênçãos que vêm do Céu. Para entendermos melhor, podemos fazer uma comparação com o Salmo 133: “Vede como é bom os irmãos habitarem juntos. É como óleo derramado na cabeça que vai descendo pela barba, pela barba de Aarão, até a orla das suas vestes” (Sl 133, 1).

Em outras palavras, o óleo da unção que Deus derrama sobre a humanidade de Cristo é tão abundante que ele não fica só na cabeça de Jesus, mas desce por todo seu corpo até a orla das vestes, onde estamos nós. É assim que nós somos santificados por meio da humanidade de Nosso Senhor. 

Quando recebemos o Espírito Santo, que nos dá fé em Cristo, entramos em contato com a divina humanidade que nos santifica, pela qual participamos da graça de Cristo, como está escrito no prólogo do Evangelho de São João: “Da sua plenitude, todos nós recebemos graça  sobre graça” (Jo 1, 16).

Portanto, em nossa vida de oração, peçamos a graça de bem compreendermos que é através da humanidade de Cristo que temos acesso a Deus, olhando para a vida de Jesus e para o quanto Ele nos amou, sofrendo por nós.

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