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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt
13, 16-17)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: "Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram".

É com grande júbilo que a Igreja convida hoje os seus filhos a celebrar a gratíssima memória de São Joaquim e Sant'Ana, pais da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus e Nossa Senhora. Dos evangelhos que nos narram a infância de Cristo — Mateus e Lucas —, nada se pode deduzir a respeito dos avós do Senhor; é com base em um escrito não canônico de meados do século II d.C., o chamado Proto-evangelho de Tiago, que os primeiros cristãos passaram a conhecer o nome e a sorte destes santos esposos. Outras obras apócrifas, como o Evangelho do Pseudo-Mateus (c. 400 d.C.), que exerceu grande influência durante a Idade Média, também serviram para suprir o silêncio da literatura canônica e satisfazer a piedosa curiosidade dos fiéis. Estes antigos relatos, embora resvalem vez por outra para o exagerado e fabuloso — no que muito destoam dos evangelhos autênticos, sempre sóbrios e comedidos —, apresentam contudo informações de grande valor sobre a fé dos nossos primeiros irmãos em Cristo Jesus; dentre elas, os nomes de Joaquim e Ana já foram há muito incorporados ao patrimônio e à tradição da Igreja Católica.

Por estes testemunhos e pelo que nos dizem os Santos Padres, sabemos que um rico e caridoso pastor chamado Joaquim, herdeiro da casa de Davi, morava em Jerusalém com a esposa, Ana, pertencente à estirpe de Aarão. Como passassem os anos e o estéril casal, vivendo admiravelmente a castidade esponsal, não tivesse nenhum filho, Joaquim, então de idade bastante avançada, foi repreendido no Templo por um sacerdote de nome Rubem, porquanto o Senhor não os abençoara com uma descendência em Israel. Envergonhado diante do povo, ele decidiu retirar-se a uma terra distante, de modo que a mulher, já muito abatida por sua infertilidade, ficou por longo tempo sem notícias suas. No entanto, após muito rezarem, apareceu-lhes um anjo a anunciar o nascimento de um filho, que Ana prometera em suas preces consagrar a Deus. Por isso, o casal, obediente aos desígnios divinos e com renovada esperança, reatou a sua união, da qual veio a nascer Maria Santíssima, apresentada ainda menina no Templo de Jerusalém para ali ser educada no serviço ao Senhor.

Preparando, assim, o espírito de Sant'Ana para receber no santuário do seu seio a verdadeira Arca da Aliança, que conceberia virginalmente o Pão vivo descido do céu, o Deus de misericórdias fez dos justos avós de sua Mãe Imaculada testemunho especialíssimo de confiança e de abandono, de fé e de esperança, de virtude e de desprendimento. Recebendo, pois, do Rei dos Reis a Rainha do Céu e da terra, São Joaquim e Sant'Ana souberem devolver ao Senhor o dom precioso com que foram agraciados, de sorte que, consagrando a Deus a filha que Ele mesmo escolhera para ser sua Mãe, esse santo casal deu-nos a Porta por que viria ao mundo o nosso Redentor. Recorramos hoje à intercessão destes dulcíssimos esposos e peçamos-lhes a proteção materna de sua Filha ditosa e toda santa, para que ela, por seu auxílio e poder, nos apresente, entregue e consagre ao seu bem-amado Filho. — Ó São Joaquim e Sant'Ana, guardai as nossas famílias, protegei-nos dos males presentes e preparai-nos para o encontro definitivo com o Pai!

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