Vimos na aula passada que a verdadeira devoção mariana funda-se num princípio cristocêntrico. Ou seja: é Jesus Cristo, e não a Virgem Santíssima, o fim último da devoção a Nossa Senhora. Esse princípio é de grande importância não apenas por ser a rocha sólida sobre a qual se ergue o nosso amor a Maria, mas também porque nele encontramos o melhor remédio para os escrúpulos de que padecem alguns falsos devotos que, temendo desonrar o Filho, deixam de honrar a Mãe [1]. Trata-se de um receio, aliás, que atormentou na juventude até mesmo o futuro Papa São João Paulo II, e foi justamente o Tratado de São Luís Maria que lhe dissipou qualquer sombra de medo de consagrar-se por inteiro — Totus tuus era o seu lema — à Virgem Santíssima. Não custa lembrar, além disso, que a própria fórmula de consagração que o santo de Montfort nos propõe chama-se “Consagração de si mesmo a Jesus Cristo, Sabedoria encarnada, pelas mãos de Maria”.
Aludimos também, ainda que brevemente, a um segundo princípio sobre o qual repousa esta devoção e que aponta para o fato de que, se queremos ser devotos de nossa Mãe do Céu, devemos imitar as virtudes que ela mesma praticou na terra. Se, com efeito, a...